quinta-feira, 1 de outubro de 2009

DESENVOLVIMENTO E INDUSTRIALIZAÇÃO NA AMÉRICA LATINA


O filme mostra a infância, o enriquecimento e a falência de Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), o empreendedor gaúcho mais conhecido como barão de Mauá, considerado o primeiro grande empresário brasileiro, responsável por uma série de iniciativas modernizadoras para economia nacional, ao longo do século XlX.Mauá, um vanguardista em sua época, arrojado em sua luta pela industrialização do Brasil, tanto era recebido com tapete vermelho, como chutado pela porta dos fundos por D. Pedro II.
O processo de industrialização começou na Inglaterra no final do século XVIII, início do XIX, expandiu pela Europa, Estados Unidos e Japão; foi chamada de Primeira Revolução Industrial. Diante dessa informação, percebe-se que tal processo aconteceu de forma isolada, ou seja, nem todos os países participaram dessa primeira etapa.
Países como México, Argentina e Brasil, além de outros, são considerados de industrialização tardia ou retardatária. Eles recebem esse nome pelo fato de terem ingressado no processo de industrialização quase cem anos após a Primeira Revolução Industrial em relação a países da Europa, Estados Unidos e Japão.
Durante o século XIX houve diversas tentativas de industrialização por parte de muitos países da América Latina, especialmente México, Argentina, Brasil, entretanto, todas foram frustradas ou tiveram repercussões pouco expressivas. As poucas indústrias que surgiram nesse século limitavam-se à fabricação de bens de consumo não duráveis, como fábricas de velas, sabão, artigos de couro e lã, tecidos, alimentos, móveis etc.
Alguns acontecimentos históricos que sucederam no século XX (Primeira Guerra Mundial 1914-1918,
Crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial 1939-1945) favoreceram um relativo desenvolvimento industrial aos países da América Latina.
Na medida em que a Primeira Guerra Mundial se desenvolvia, os países industrializados daquele momento, como Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos, passaram a diminuir o volume de exportação para as nações da América Latina. Diante da escassez de produtos industrializados, algumas nações latinas começaram a fabricar diversos produtos para garantir o abastecimento do mercado interno.
A Crise de 1929 contribuiu também para o processo de industrialização da América Latina. Com a queda da economia norte-america, os países latinos, com grande dependência econômica em relação aos Estados Unidos, deixaram de receber capitais da venda de produtos agrícolas e matérias-primas.
Por essa razão, sem dinheiro para comprar produtos industrializados importados, grande parte dos países latinos foram obrigados a fabricar seus produtos. Fato que teve maior evidência no Brasil, na Argentina e no México.
Com o término da Segunda Guerra Mundial, os grandes grupos empresariais oriundos de países industrializados da Europa, assim como Estados Unidos e Japão, buscaram uma nova forma de expansão comercial, com a dispersão de empresas multinacionais em direção a países da América Latina, África e Ásia.
A nova configuração internacional de produção foi promovida por diversos fatores, dentre os principais estão: mão de obra abundante e com baixo custo, fragilidade sindical, riquezas em matérias-primas, imenso mercado consumidor, disponibilidade de infraestutura oferecida pelos países que recebem as empresas, leis ambientais frágeis, além de outros fatores.

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