A Amazônia compreende o território dos Estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá e Tocantins, entrando pelo Maranhão e o Mato Grosso. É a área que, a partir da década de 1970, integra-se ao mercado nacional como uma grande fronteira de recursos recursos, isto é, como área de fornecimento de matérias-primas que provêm da agropecuária e da mineração.
A ocupação do território amazônico ainda está se processando. Essa ocupação busca integrar definitivamente a área à economia do Centro-Sul e mesmo à economia internacional, graças aos grandes investimentos de capital em projetos de mineração, agropecuários e industriais.A Amazônia passa a ser, deste modo, uma fronteira que vai sendo expandida, e uma reserva de recursos que passa a ser utilizada. Entre as principais medidas adotadas para tornar possível essa integração,destacamos a construção de rodovias, forma mais visível dessa integração. Até a década de 50, a economia da Amazônia convergia para Belém, que atuava como o grande pólo regional por meio de uma rede hidrográfica natural.
A construção das rodovias Belém-Brasília, Brasília-Acre, Cuiabá-Santarém e Porto Velho-Manaus penetraram a região, acelerando a integração da Amazônia ao Centro-Sul.Os capitais públicos e privados investidos na construção de hidrelétricas como Tucuruí, na instalação de núcleos de mineração como Carajás, e de pólos industriais como a Zona Franca de Manaus, procuram integrar a região à economia do país de forma mais efetiva - como fornecedora de produtos semi processados ou processados para os grandes mercados consumidores internos ou externos, e também como mercado consumidor dos produtos do Centro-Sul.Os incentivos fiscais da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) permitiram que as grandes empresas nacionais e transnacionais adquirissem enormes propriedades de terra, cujo aproveitamento de recursos naturais - os minérios, a madeira e a própria terra - tem provocado graves danos ambientais. A fronteira amazônica tem atraído, nas últimas décadas, importantes fluxos de migrantes. Duas correntes são identificadas: os que procedem do Centro-Sul, devido à modernização da agricultura, e que vão para Mato Grosso, Rondônia e mesmo para o Acre; e os que procedem do Nordeste, que se dirigem ao Pará e Tocantins, e que formam a Amazônia Oriental. A ocupação da nova fronteira, em grande medida desordenada, provoca graves conflitos sociais. Os diferentes contendores lutam principalmente pela posse da terra e pelo uso da floresta.Pouco a pouco, vai ganhando a opinião pública o movimento que propõe a necessidade de se ocupar a Amazônia de forma mais racional, preservando o equilíbrio ecológico com ações eficientes de manutenção da qualidade ambiental.O que se propõe é uma ocupação mais cuidadosa, visando um desenvolvimento equitativo e sustentável para a maior floresta pluvial do planeta.
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