quinta-feira, 30 de abril de 2009

TRANSPORTES


TRANSPORTES

Ramo de atividade econômica cuja função principal e interligar a produção e o consumo de bens. A importância do transporte acentua-se cada vez mais na organização econômica e social dos países, influindo progressivamente na produção agrícola e industrial; no comercio interno e exterior; na composição dos preços; na regularização dos mercados; nos diferentes usos da terra e na urbanização. As condições de conforto e bem-estar de uma sociedade dependem de um sistema de transporte que permita o rápido e eficiente intercâmbio de homens e de coisas.

MODALIDADES DE OPERAÇÃO

Uma operação de transporte e dimensionada por três fatores: a quantidade transportada (número, peso e valor), à distância percorrida, o tempo de percurso.
A evolução em longo prazo dos diferentes modos de transporte e comandada pela evolução dos sistemas de conversão energética e da tecnologia dos motores. Quando acontece o novo modo de transporte suplantarem os precedentes, jamais os eliminam complemente (serve de exemplo o que ocorre com a tração animal).
O conjunto das infra-estruturas utilizadas por um mesmo modo de transporte constitui uma rede ou malha ferroviária, rodoviária etc. A expressão sistema de transportes estaria reservada para o conjunto das diferentes malhas de transportes. Os modos de transportes existentes são o terrestre (ferroviário, rodoviário e dutoviário), o aquaviario (fluvial e marítimo), e o aéreo. A estes deve-se juntar, pelo futuro que lhe e atribuído, o Hovercraft, engenho sem rodas, já comprovado e em uso, que se move sobre a terra e a água, vencendo ate alturas de 50cm a 3m e possivelmente mais.
São os seguintes os marcos mais significativos para a operação econômica das diversas modalidades de transportes; invenção da maquina a vapor (1807); inicio do transporte ferroviário (1830); inicio do transporte dutoviário (1865); inicio da utilização comercial do automóvel (1917); inicio da aviação comercial (1926). Poder-se-ia juntar a esses acontecimentos a construção, em Londres, do primeiro Hovertrem, em 1971.
Do ponto de vista comercial, o transporte pode ser classificado em transporte interior ou continental e exterior ou intercontinental. Os transportes interiores se dividem em transportes rodoviários, ferroviários, fluviais e de cabotagem. Os exteriores compreendem o transporte marítimo de longo curso e a aviação comercial. Embora o desenvolvimento do ramo transporte apresente uma interdependência em relação ao desenvolvimento econômico, observa-se que as demandas desse setor em geral crescem a nível superior ao do conjunto da economia, isto e, a elasticidade-renda do setor transporte e maior que 1. Tem crescido de modo semelhante o numero de pessoas ocupadas no ramo. Segundo dados estatísticos da OIT (Organização Internacional do Trabalho), nos países desenvolvidos da Europa ocidental, nos EUA e no Canadá a população ocupada nos serviços de transporte situa-se entre 5 e 7% do total da população ativa.

O TRANSPORTE FLUVIAL:

Entre os modos de transporte existentes o fluvial e o mais antigo. Seu custo operacional e muito baixo. E utilizado no deslocamento de grandes massas de produtos de baixo valor em relação ao peso e sua economia de operação depende quase exclusivamente dos custos da carga e descarga.

TRANSPORTE MARÍTIMO

A evolução desse modo de transporte e marcada pela perda em favor do transporte aéreo do mercado intercontinental de passageiros pela especialização dos navios (petroleiros, graneleiros, etc.) e pelo aumento da capacidade media das embarcações. As vias marítimas são especialmente favoráveis, do ponto de vista econômico, para grande tonelagem de carga e grandes distancias. De um modo geral, seus custos são de cinco a dez vezes menores que os dos transportes interiores. Em 1969 havia no mundo apenas cinco portos capazes de receber navios de mais de cento e cinqüenta mil toneladas. Mas o mundo desenvolvido esta se preparando para receber os grandes navios (500.000 t), que se tornaram ainda mais economicamente necessários depois do fechamento do canal de Suez.

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Num sistema ferroviário explorado em condições ótimas, obtém-se o transporte do máximo de toneladas com o mínimo de trens por quilometro. Embora estabilizado em países como os EUA e URSS, o transporte ferroviário em outros países representou um sensível declínio que culminou na década de 1940. Embora não haja identidade de problemas, de pais a pais, que justificasse falar-se de uma doutrina ferroviária ou de uma política ferroviária uniforme, coincidiu, entretanto, que de 1950 a 1960 não se construíram novas ferrovias na Europa, exceção feita da Espanha, Polônia, Bulgária e Iugoslávia. No mesmo período diminui a quilometragem das vias exploradas na Bélgica, na França, no Reino Unido. Ha quem explique o decréscimo com o desenvolvimento do setor rodoviário, que passou a concentrar a atenção dos governos. Na década de 1970, porem o transporte ferroviário ingressou numa fase de total recuperação. O progresso tecnológico de um lado e, de outro, a consideração de novas variáveis econômicas desenvolveram ao trem o valor que tivera antes. Passou-se, inclusive, a analisar as ferrovias sob o prisma macroeconômico, levando-se em conta que nesse tipo de empresa o aspecto social tem um peso forte. Importante inovação foi introduzida.

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

A exploração e realizada por indivíduos isolados ou por empresas e, em ambos os casos, para uso privado ou para uso publico. A primeira grande malha rodoviária foi construída na Antigüidade, pelos romanos, e contava com sólidas estradas. A superioridade do transporte rodoviário faz-se sentir para curtas distancias e para pequenas quantidades. A importância desse modo de transporte e crescente. Servindo ao transporte de mercadorias, o parque mundial de automóveis cresceu, de 1950 a 1960 em media 1,3 vez mais que o PNB, enquanto o de automóveis de turismo cresceu em media 2,2 mais que o PNB.

TRANSPORTE AÉREO

A exploração e realizada por empresas e, excepcionalmente, por indivíduos. Sendo o transporte mais rápido, e procurado por passageiros, sobretudo para as grandes distancias. O avião e utilizado ainda para transportar mercadorias de alto valor unitário em relação ao volume e ao peso e, também, mercadorias perecíveis: alimentos, tais como carnes, frutas e hortigranjeiros. O desenvolvimento do transporte aéreo e continuo, embora seja dentre todos o mais caro. Seu custo e quatro vezes maior que os transportes rodoviários, seis a sete vezes maior que o ferroviário e trinta a quarenta vezes maior que o transporte marítimo. Nos EUA o avião transporta mais passageiros que o trem.

TRANSPORTE DUTOVIÁRIO

É feito no interior de uma infra-estrutura fixa, por diferença de pressão, sem utilização no engenho móvel. Novas soluções técnicas tornam mais freqüentes esses meio de transporte. Limitados ao transporte de gases e líquidos ou mercadorias em estado pastoso, ocorre à justificativa econômica de misturar água às substancias sólidas, de modo a torná-las transportáveis por dutovias.

ESPAÇO URBANO


O ESPAÇO URBANO




Na zona rural a paisagem é mais ou menos marcada pelos elementos do meio natural: a influência do solo, do clima, da declividade do relevo, a presença de água e vegetação. A população vive dispersa em pequenos sítios.
No meio urbano a população se concentra num espaço totalmente humanizado e dedica-se às atividades industriais, comerciais e de prestação de serviços.

A PRODUÇÃO DA CIDADE MODERNA


A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, originou profundas alterações na forma e na função da cidade. A indústria se multiplicava nos países europeus e nos Estados Unidos, onde vivia grande parte dos trabalhadores urbanos. As lojas se instalavam nas ruas mais movimentadas, a fim de atrair um número cada vez maior de consumidores. As residências passaram a ser construídas de modo caótico, nos poucos espaços que sobravam entre as fábricas e rodovias, não haviam espaços para o lazer e o ar era muito poluído devido ao carvão utilizado nas indústrias. O nascimento da indústria originou cidades insalubres, isto é, pouco saudáveis, marcadas pela aglomeração dos pobres em pequenos quartos de cortiços, a população não tinha acesso à água tratada e nem rede de esgotos.

A CIDADE NO SÉCULO XX E O PLANEJAMENTO URBANO


As pesquisas e projetos nessa área se avolumaram e constituíram uma área de estudo, o urbanismo. As primeiras iniciativas resultaram em bairros residenciais dotados de excelente infra-estrutura arborizados e ajardinados. As cidades planejadas deveriam Ter largas avenidas e um sistema viário eficiente, permitindo o trânsito rápido. A cidade de Brasília é o exemplo mais completo e bem acabado desse tipo de planejamento, que também foi adotado na implantação de cidades dos Estados Unidos. França, Inglaterra, Israel e Japão.

AS INTERAÇÕES URBANAS CONTEMPORÂNEAS


Formadas por um conjunto hierarquizado de cidades com tamanhos diferentes, onde se observa a influência exercida pelos centros maiores sobre os menores. A hierarquia urbana se estabelece a partir dos produtos e dos serviços que as cidades tem para oferecer. Nos países desenvolvidos, as redes urbanas são mais bem estruturadas.

AS RICAS METRÓPOLES CONTEMPORÂNEAS


As metrópoles correspondem a centros urbanos de grande porte: populosos, modernos e dotados de graves problemas de desigualdades sociais. A concentração populacional amplia a oferta de mão-de-obra e, desse modo, atrai investimentos produtivos que contribuem para o desenvolvimento da indústria. A metrópole lidera a rede urbana à qual está interligada e exerce uma forte influência sobre as cidades de menor porte, podendo transformar-se num pólo regional, nacional ou mundial.


CONURBAÇÕES: AS CIDADES SE APROXIMAM

Quando os limites físicos das cidades estão muitos próximos, formam-se conurbações. Vista do alto, a conurbação tem o aspecto de uma grande mancha urbana, ou seja, um conjunto de espaços urbanizados que engloba mais de uma cidade. Nas megalópoles, o retrato da modernidade A megalópole não é uma mega-metrópole, mas uma conurbação de metrópoles, nelas as regiões rurais estão quase ausentes.

OS PRINCIPAIS PROBLEMAS URBANOS ATUAIS


Um dos mais graves problemas é a habitação. Como os imóveis mais baratos em geral são os mais distantes do centro da cidade, a população passa a morar cada vez mais longe do local de trabalho. Em conseqüência disso a população por não ter um transporte coletivo digno vai trabalhar com seus próprios automóveis causando muito trânsito, poluição do ar, poluição sonora e até mesmo dos rios.

A URBANIZAÇÃO MUNDIAL


Os países mais desenvolvidos


No século XIX, a urbanização foi mais intensa nos países que realizaram a Revolução Industrial e que constituem hoje países desenvolvidos. A partir do século XX, o ritmo de urbanização diminuiu nesses países. No pósguerra, a concentração humana e a elevação do poder aquisitivo das populações dos países mais desenvolvidos produziram um grande aumento do consumo de bens e serviços, que favoreceu a expansão do setor terciário da economia. Com o desenvolvimento da tecnologia industrial , a produtividade aumentou e as necessidades de mão-de-obra se reduziram. Parte da população ativa no setor secundário foi para o setor. Depois de 1980 os setor terciário e a prestação de serviços aderiram aos avanços tecnológicos da informática.

Os países subdesenvolvidos


O século XX se caracterizou pela urbanização dos países subdesenvolvidos. O ritmo se acelerou a partir de 1950, devido ao aumento das taxas de crescimento populacional. A industrialização, formaram-se grandes cidades, com maior disponibilidade de emprego, conforto e ascensão social. A industrialização adotou um padrão tecnológicos muito mais moderno do que o utilizado pelas indústrias do século XIX, o que resultou na criação de menos
empregos. Nessas cidades existe o setor terciário informal – aquelas atividades não regulamentadas, como a dos camelôs e biscateiros – cresce mais que o formal. A maior parte da população ainda vive na zona rural.

A urbanização na África


Na África a maior parte da população vive na zona rural, pois as atividades agrárias predominam na estrutura econômica de quase todos os países do continente. Os países da África são os que apresentam as taxas de urbanização mais elevadas entre os países menos desenvolvidos. Seus habitantes possuem uma renda anual inferior a 370 dólares. A urbanização africana ocorreu quando houve um grande aumento do consumo mundial de matérias-primas, combustíveis fósseis e produtos agrícolas.



A urbanização na Ásia


A Ásia é o continente mais populoso do mundo, não tem uma tradição urbana. A população ainda é predominantemente rural. Vivem com uma renda como a dos africanos, inferior a 370 dólares por ano. A urbanização ocorreu com a oferta de trabalho das indústrias dos tigres asiáticos.

A globalização da cidade


Com a globalização, surgem as metrópoles mundiais e tecnopolos. É nessas metrópoles que se concentram grandes capitais, profissionais qualificados e tecnologia. O papel de metrópole mundial adquiriu tamanha importância na atualidade que passou a ser a meta perseguida por muitas cidades desenvolvidas. Os tecnopolos, por sua vez correspondem a centros urbanos que abrigam importantes universidades, instituições de pesquisa e os principais complexos industriais, onde se desenvolvem tecnologias avançadas e pesquisas científicas.
PROBLEMAS PARA CLASSIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO ENTRE RURAL E URBANA
No Brasil é aplicado o critério administrativo, segundo o qual toda sede de município é uma cidade e toda sede de distrito é uma vila; sendo assim, é considerada urbana toda a população que habita a sede de um município ou a sede de um distrito. Outros, como a França e o México, aplicam o critério estatístico, segundo o qual a população é considerada urbana se reside em uma aglomeração com população superior certo número de habitantes, 2.000 e 5.000, respectivamente; é considerada rural a que vive no campo ou em aglomerações com população inferior às anteriormente citadas. Para o geógrafo, estes critérios são falhos, considerando-se urbana, de acordo com o critério científico, apenas a população que habita aglomerações em que a maioria da população ativa, radicada na mesma, exerce atividades econômicas secundárias e terciárias, sendo considerada rural aquela em que a maioria da população ativa exerce atividades primárias.


EXERCÍCIOS

1) Caracterize o espaço urbano:
2) Quais as vantagens do planejamento urbano?
3) Como se estabelece a hierarquia urbana?
4) O que são metrópoles?
5) Quais as conseqüências da concentração populacional?
6) Quando é configurada uma conurbação?
7) Apresente 4 problemas urbanos atuais:
8) Caracterize a urbanização nos países desenvolvidos:
9) Caracterize a urbanização nos países subdesenvolvidos:
10) Qual o critério para se definir uma cidade no Brasil? Explique-o:

quarta-feira, 22 de abril de 2009

GLOBALIZAÇÃO





A globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integração em caráter econômico, social, cultural e político entre diferentes países.
A globalização é oriunda de evoluções ocorridas, principalmente, nos meios de transportes e nas telecomunicações, fazendo com que o mundo “encurtasse” as distâncias.
No passado, para a realização de uma viagem entre dois continentes eram necessárias cerca de quatro semanas, hoje esse tempo diminuiu drasticamente. Um fato ocorrido na Europa chegava ao conhecimento dos brasileiros 60 dias depois, hoje a notícia é divulgada quase que em tempo real.
O processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo, e principalmente os países desenvolvidos; de modo que os mesmos pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno se encontrava saturado. A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do socialismo, o sistema capitalista se tornou predominante no mundo. A consolidação do capitalismo iniciou a era da globalização, principalmente, econômica e comercial.
A integração mundial decorrente do processo de globalização ocorreu em razão de dois fatores: as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial. As inovações tecnológicas, principalmente nas telecomunicações e na informática, promoveram o processo de globalização.
A partir da rede de telecomunicação (telefonia fixa e móvel, internet, televisão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difusão de informações entre as empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo. O incremento no fluxo comercial mundial tem como principal fator a modernização dos transportes, especialmente o marítimo, pelo qual ocorre grande parte das transações comerciais (importação e exportação). O transporte marítimo possui uma elevada capacidade de carga, que permite também a mundialização das mercadorias, ou seja, um mesmo produto é encontrado em diferentes pontos do planeta.
O processo de globalização estreitou as relações comerciais entre os países e as empresas. As multinacionais ou transnacionais contribuíram para a efetivação do processo de globalização, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes territórios.
Outra faceta da globalização é a formação de blocos econômicos, que buscam se fortalecer no mercado que está cada vez mais competitivo.

REGIÃO NORDESTE





A Região Nordeste possui uma grande complexidade de características naturais e sociais. Nos fatores naturais as principais disparidades existentes na região estão relacionadas às questões climáticas, na qual se faz presente distintos tipos de clima, na faixa costeira predomina um clima quente e úmido, assim como no extremo oeste da região, nas proximidades da Floresta Amazônica, em contrapartida no interior da região o que predomina é o clima semi-árido. Nos aspectos humanos a Região Nordeste dispõe de um quadro de grande irregularidade em relação à distribuição da população ao longo da região, dessa forma há uma grande concentração populacional nas áreas litorâneas, nas quais se encontram os principais centros urbanos, já o sertão e o agreste são áreas interioranas pouco povoadas e isso dificulta o desenvolvimento das mesmas. A Região Nordeste é caracterizada pela grande desigualdade socioeconômica de seus habitantes, dessa forma enquanto a grande maioria vive em condições de extrema pobreza a minoria vive em condições de alto consumo e luxo. A Região Nordeste possui uma área de 1.554.257 km2 que abriga uma população de aproximadamente 49.479,29 habitantes, esses estão distribuídos em nove estados. Os estados do nordeste e suas respectivas capitais e siglas são: Maranhão - MA (São Luiz), Piauí - PI (Teresina), Ceará - CE (Fortaleza), Rio Grande do Norte - RN (Natal), Paraíba - PB (João Pessoa), Pernambuco - PE (Recife), Alagoas - AL (Maceió), Sergipe - SE (Aracaju) e Bahia - BA (Salvador).
A região nordeste é dividida em quatro sub-regiões (zona da mata, agreste, sertão e meio norte). A zona da mata é a região mais desenvolvida e industrializada do nordeste, essa está localizada nas áreas litorâneas da região, na qual se encontram os principais centros urbanos.
ZONA DA MATA
Na zona da mata a atividade industrial é diversificada, há extração de minérios que de forma estratégica geralmente provoca a instalação de empresas nas proximidades das jazidas, outro fator extremamente importante está no sistema de transporte, que na essência da industrialização se insere de forma fundamental no transporte de mercadorias e matéria prima.
Como a sub-região é mais desenvolvida faz-se necessário a instalação de infra-estrutura com a finalidade de dar ritmo e dinamismo à circulação de mercadorias, capitais, matéria prima e pessoas. A sub-região também se insere na produção agropecuária que na maioria das vezes está envolvida na monocultura de exportação.
AGRESTE
No agreste as atividades econômicas estão vinculadas à produção primária, mais precisamente na agricultura e pecuária. O agreste tem característica propícia à policultura, como mandioca, batata, banana etc., e criação de animais, como bovinos e caprinos. A realização do trabalho é tradicional e rudimentar, praticamente não se usa tecnologia e a produtividade é baixa, como a produção da zona da mata é destinada à exportação quem fornece alimentos a ela é o agreste.
SERTÃO
No sertão a principal atividade econômica é a agropecuária, na maioria das propriedades é realizada a criação de gado e de caprinos, o primeiro não é tão difundido por ser um animal de grande porte que requer uma quantidade maior de recursos como água, pastagens, pois por ser uma área de clima semi-árido e que sofre grandes períodos de seca fica difícil o desenvolvimento da criação, já o segundo obtém mais êxito por ser animais menores e de melhor adaptação às situações adversas impostas pelas condições climáticas, o sertão possui um plantel de 9 milhões de cabeças de caprinos. Na agricultura desenvolve-se em forma de subsistências, ou seja, produção de alimentos para o consumo familiar.
O sertanejo sofre, ano após ano, os males provocados pela seca, assim não consegue produzir a sua alimentação na prática de subsistência.
MEIO NORTE
O meio norte é uma sub-região de transição entre o nordeste e o norte, onde se encontram uma parte do Piauí e Maranhão, as características econômicas estão ligadas às atividades rural, extrativista e pastoril. No entanto o sul do Maranhão já está inserido no mapa da soja, no qual muitos gaúchos (que para lá migraram) desenvolvem a cultura, a produção dessas áreas é mecanizada em grandes latifúndios. Um ponto importante no Maranhão, no contexto da soja, é a estratégia geográfica para o escoamento até os portos em São Luiz, capital do Maranhão.


A SECA NO NORDESTE


Dentre os muitos aspectos apresentados pela Região Nordeste o que mais se destaca é a seca, causada pela escassez de chuvas, proporcionando pobreza e fome. A partir dessa temática é importante entender quais são os fatores que determinam o clima da região, especialmente na sub-região do sertão, região que mais sofre com a seca. O Sertão nordestino apresenta as menores incidências de chuvas, isso em âmbito nacional. A restrita presença de chuva nessa área é causada basicamente pelo tipo de massa de ar aliado ao relevo, esse muitas vezes impede que massas de ar quentes e úmidas ajam sobre o local causando chuvas. No sul do Sertão ocorrem, raramente, chuvas entre outubro e março, essas são provenientes da ação de frentes frias com característica polar que se apresentam e agem no sudeste. As outras áreas do Sertão têm suas chuvas provocadas pelos ventos alísios vindos do hemisfério norte. No Sertão, as chuvas se apresentam entre dezembro e abril, no entanto, em determinados anos isso não acontece, ocasionando um longo período sem chuvas, originando assim, a seca. As secas prolongadas no Sertão Nordestino são oriundas, muitas vezes, da elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico, esse aquecimento é denominado pela classe cientifica de El Niño, nos anos em que esse fenômeno ocorre o Sertão sofre com a intensa seca. A longa estiagem provoca uma série de prejuízos aos agricultores, como perda de plantações e animais, a falta de produtividade causada pela seca provoca a fome. Vegetação No Sertão e no Agreste o tipo de vegetação que se apresenta é a caatinga, o clima predominante é o semi-árido, esse tipo de vegetação é adaptado à escassez de água. Algumas espécies de plantas da caatinga têm a capacidade de armazenar água no caule ou nas raízes, outras perdem as folhas para não diminuir a umidade, todas com o mesmo fim, poupar água para os momentos de seca. Rios temporários ou sazonais Os rios que estão situados nas áreas do Sertão são influenciados pelo clima semi-árido, dessa forma não há grande incidência de chuvas. A maioria dos rios do Sertão e Agreste é caracterizada pelo regime pluvial temporário, isso significa que nos períodos sem chuva eles secam, no entanto, logo que chove se enchem novamente. Nas regiões citadas é comum a construção de barragens e açudes como meio de armazenar água para suportar períodos de seca.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS


São linhas imaginárias pelas quais a Terra foi “cortada”, essas linhas são os paralelos e meridianos, através dos paralelos e meridianos é possível estabelecer localizações precisas em qualquer ponto do planeta. Veja abaixo alguns itens importantes nas coordenadas geográficas:

• Plano Equatorial: É um plano imaginário que divide a Terra em dois pólos: norte e sul de forma igual, mas de uma maneira metafórica é o mesmo que cortar uma laranja em duas partes iguais com uma faca.

• Paralelos: São linhas imaginárias paralelas ao plano equatorial.


• Meridianos: São linhas imaginárias paralelas ao meridiano de Greenwich que ligam os pólos norte e sul.


• Latitude: É a distância medida em graus de um determinado ponto do planeta entre o arco do meridiano e a linha do equador.


• Longitude: É a localização de um ponto da superfície medida em graus, nos paralelos e no meridiano de Greenwich. Meridiano de Greenwich Greenwich se tornou um meridiano referencial internacionalmente em 1884, devido a um acordo internacional que aconteceu em Washington, isso para padronizar as horas em todo o mundo, Greenwich foi escolhido por “cortar” o observatório Astronômico Real, localizado em Greenwich, um distrito de Londres. Fusos horários A necessidade dos fusos é devido ao movimento de rotação da Terra, na qual essa gira no seu próprio eixo, esse movimento dá origem aos dias e as noites, perfazendo em 24 horas.


Ao realizar o movimento da Terra (rotação), um lado do planeta recebe luz solar (dia) e o outro lado fica sombreado (noite), o movimento e a luz do sol que incide criam as variações como manhã, tarde, noite, madrugada, então a qualquer momento sempre terá 24 horas distintas. A partir dessas informações verifica-se que a Terra que é esférica possui 360o, e o movimento de rotação que ela realiza gasta 24 horas para ser realizado, se dividirmos 360o por 24 horas, resultará 15o, então cada 15o, que é a distância entre dois meridianos, corresponde à 1 hora, isso é denominado fuso horário. O ponto Zero é o meridiano de Greenwich ao leste, a cada 15o aumenta 1hora, e a oeste de Greenwich a cada 15o diminui 1hora.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

O FILME TEMPOS MODERNOS MOSTRA AS LINHAS DE MONTAGENS (cada trabalhador ganhou um ponto fixo nas fábricas)

INDÚSTRIA: (é a atividade por meio da qual os seres humanos transformam matéria – prima em produtos semi-acabados, ou acabados).

Revolução Industrial
Intensa transformação no processo produtivo da Inglaterra do fim do século XVIII, Troca da manufatura pela fábrica, a expansão da atividade industrial, nesse período imprimiu, portanto, profundas transformações no espaço geográfico.

2ª Revolução Industrial Entre o final do século XIX e a metade do XX, verificou-se um grande progresso tecnológico, sobretudo pelo uso do petróleo e a introdução das linhas de montagens (cada trabalhador ganhou um ponto fixo nas fábricas) onde Henry Ford foi pioneiro em sua fábrica de automóveis, nos EUA.

3ª Revolução Industrial Técno – científica a partir da segunda metade do século XX (Automatização e Robótica nas linhas de montagens) ascensão das atividades que empregam alta tecnologia (informática), ou seja, grande progresso tecnológico.

MATRIZES ENERGÉTICAS





O setor energético é considerado estratégico por ser responsável pelo funcionamento do parque industrial e do sistema de transportes de cargas e passageiros. Um colapso no setor energético pode significar um colapso em todas as atividades desenvolvidas em um país.

As fontes de energia dividem-se em dois tipos:

fontes renováveis ou alternativas;

fontes não renováveis, fósseis ou convencionais.

PETRÓLEO -Elemento Principal no Mundo Contemporâneo
O petróleo substitui o carvão mineral no século XIX por sua capacidade de iluminação (querosene em lampiões), o seu principal processo é o refinamento e tem a característica de ser fragmentado. As quatro fases econômicas da atividade petrolífera são: extração, transporte, refino e distribuição. As refinarias de petróleo sempre se localizam próximo aos grandes centros industriais, que são os maiores consumidores de derivados de petróleo, com o objetivo de reduzir os gastos com o transporte. Vale lembrar que depois de refinado, o petróleo aumenta de volume, exigindo maior capacidade de transporte e conseqüentemente, maiores recursos.
A criação de empresas estatais de petróleo, a partir dos anos 1930, consistiu em estratégia de enfrentamento ao cartel das “sete irmãs”, associação de empresas petrolíferas que visava controlar o setor. Com isso, os paises buscavam garantir a autonomia nacional no que se refere à produção e distribuição de tão importante recurso energético.
A Opep (Organização dos paises Exportadores de Petróleo) é uma associação formada por doze países (Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar,Indonésia, Argélia, Nigéria, Líbia, Gabão e Venezuela) que se uniram para tentar ampliar sua participação percentual nos lucros gerados pelo setor petrolífero. A primeira crise mundial do petróleo ocorreu em 1973 e teve caráter político com significativo aumento dos preços tornando refém todos os paises dependentes dessa forma de energia.


CARVÃO MINERAL e GÁS NATURAL
Apesar de ser conhecido há muito tempo, o carvão mineral assumiu importância mundial a partir do século XVIII, com a Revolução Industrial e foi a principal fonte energética até a chegada do petróleo, destacando-se os transportes (navegação e ferrovia a vapor) e a termoeletricidade (usinas termoelétricas). Apesar disso continua sendo importante com 28 % do consumo primário, 5% do carvão produzido é consumido no setor siderúrgico, mais ainda sim cresce, pois é barato para produção de energia, porém o custo de transporte é muito caro pois por ferrovias dificulta o transporte entre paises.
O gás natural corresponde a 20% da produção no mundo, seus principais problemas estão relacionado ao transporte que pode ser feito por gasodutos ou rodoviário o que é muito arriscado. Existe um desinteresse da industria petrolífera em tornar o gás uma forma alternativa viável para os paises já que sua exploração está vinculada a essa industria.


USINAS TERMOELÉTRICAS
São responsáveis pela produção da maior partes da eletricidade utilizada no mundo, fazendo uso principalmente do carvão mineral e do petróleo como fontes de energia. Isso explica, por exemplo, o predomínio desse tipo de usina nos países e regiões ricas em carvão e petróleo, como a Europa, a América do Norte e a China, entre outros. A principal vantagem é que ela pode ser construída próximo ou junto aos locais de consumo, o que implica grande economia nos custos de implantação das redes de transmissão. Por outro lado, tem como maior desvantagem os elevados gastos como o consumo de combustíveis e sua manutenção, e ainda, o uso do carvão provoca intensa poluição no ar.
ENERGIA NUCLEAR
O emprego da energia nuclear para fins pacíficos (geração de energia) começou em 1956 na Inglaterra. Apesar do custo muito elevado da produção de eletricidade de origem nuclear, a disseminação de centrais nucleares e o aumento da produção dessa energia foram espetaculares nas ultimas décadas do século XX. Mais de 90 % das usinas nucleares estão nos EUA, na Europa, no Japão e na Rússia. Alguns países subdesenvolvidos, principalmente os recentemente industrializados como: Brasil, Argentina, China, Índia e com destaque para Coréia do Sul , utilizam esse tipo de energia. Os riscos da utilização de energia nuclear são imensos. A utilização para fins não pacíficos (produção de bomba atômica) e para obtenção de poderio militar representa enorme perigo. Além de elevado custo de investimentos necessário para a utilização de energia nuclear, existe ainda o gravíssimo problema dos acidentes nucleares, dos resíduos e da contaminação do meio ambiente.


HIDROELETRICIDADE
A utilização força da água corrente como fonte de energia para produção de eletricidade iniciou-se por volta de 1860. atualmente esse tipo de fonte energética se encontra difundido em todo mundo, sendo particularmente utilizada nos paises que dispõe de grande potencial hidrelétrico. As vantagens da hidroeletricidade em relação às usinas termoelétricas e termonucleares são: as usinas hidroelétricas só causam impactos ambientais durante o represamento da água, a produção de energia dessa forma não polui o ambiente; a hidroeletricidade é uma fonte renovável de energia; depois de prontas os gastos com a manutenção das usinas hidroelétricas são comparativamente inferiores aos das usinas termoelétricas e termonucleares, alem de não haver necessidade de queima de combustíveis ou de fissão atômica.


FONTES ENERGÉTICAS ALTERNATIVAS
O rápido esgotamento das fontes de energia, principalmente de energia fóssil, o aumento do consumo de combustíveis (para indústrias e transportes), a redução do fornecimento e o embargo do petróleo, assim como a contaminação do meio ambiente, são alguns dos motivos para a sociedade a buscar opções de energia mais abundantes e menos poluentes são exemplos: energia solar; eólica; geotérmica; energia dos oceanos; energia da biomassa.
A PRODUÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL
As refinarias de petróleo no Brasil foram construídas na década de 1950, pela possibilidade de estoque da produção. Há uma grande concentração de refinarias na Região Sudeste, a mais industrializada do país e onde se verifica o maior consumo de derivados de petróleo. As refinarias se instalaram junto aos centros consumidores para diminuir os gastos com transporte, já que, depois de refinado o petróleo, o volume de produtos a ser transportado é maior. Na região sudeste encontra-se a maior produção nacional de petróleo, com destaque a Bacia de Campos (cerca de 75% do total nacional), a maior concentração de refinarias importantes pólos petroquímicos, com destaque a Cubatão; a Região Nordeste é responsável por aproximadamente 20 % da produção nacional de petróleo, com destaque a Bacia do Rio Grande do Norte e Recôncavo Baiano, onde ainda se localiza o pólo petroquímico de Camaçari.
Após as crises do petróleo da década de 1970, os países que dependiam da importação do produto buscaram estratégias de substituição por fontes alternativas. No Brasil, em substituição ao petróleo, as industrias passaram a usar a hidroeletricidade, o que explica a diminuição relativa do consumo daquele combustível. O governo federal concentrou investimentos em obras de infra-estrutura (energia e transporte) na região Sudeste, onde a elite econômica que comandou o processo de industrialização do país tinha seus interesses. Tal fato motivou o amplo desenvolvimento do setor hidroelétrico nessa região, com vista ao abastecimento do grande parque industrial concentrado.
A implantação do PROÁCOOL (Programa Nacional do Álcool), na década de 1980 promoveu uma grande concentração fundiária no Estado de São Paulo e conseqüentemente, acentuou o êxodo rural em direção aos centros urbanos. No campo, ampliou-se a quantidade de trabalhadores temporários (bóias – frias) desprovidos de condições mínimas de sobrevivência, alem disso patrocinou a transformação de áreas policultoras em monocultoras.
As maiores jazidas de carvão mineral do Brasil, são encontradas na região Sul. O carvão mineral extraído do Vale do Rio Tubarão (SC) é consumido pelas companhias siderúrgicas concentradas na região Sudeste, onde é utilizado no aquecimento dos auto-fornos que transformam minerais metálicos (sobretudo o manganês) em aço.
Em 1968, o governo brasileiro decidiu ingressar no campo da produção da energia eletronuclear, com o objetivo de adquirir o conhecimento dessa tecnologia. A construção de Angra 1, com potencia de 657 Mw, foi iniciada em 1972 e a primeira reação nuclear em cadeia foi em 1982, entretanto muitos eram os problemas técnicos e somente em 1985 começou a operar comercialmente. Angra 2 e Angra 3 repetem o atraso de Angra 1 e constituem grandes “elefantes brancos” até o momento.

POPULAÇÃO

O estudo da população é fundamental para podermos verificar a realidade quantitativa e qualitativa da mesma. Para governantes em especial, é de fundamental importância pois, permite traçar planos e estratégias de atuação, além de poder desenvolver um planejamento de interesse social.
A população deve ser entendida como um recurso na medida em que representa mão de obra para o mercado de trabalho, soldados para a defesa nacional, dentre outras coisas.
O ramo do conhecimento que estuda a população chama-se Demografia, portanto o profissional da área é o demógrafo.

CONCEITOS DEMOGRÁFICOS

Alguns conceitos demográficos são fundamentais para a análise da população, abaixo iremos elencar alguns:

População absoluta: corresponde a população total de um determinado local.
Quando um local tem uma população absoluta numerosa, dizemos que ele é populoso.
O Brasil está entre os países mais populosos do mundo com uma população superior a 180 milhões de habitantes (IBGE 2000).

Densidade demográfica ou população relativa: corresponde a média de habitantes por quilômetros quadrados. Podemos obtê-la através da divisão da população absoluta pela área.

Quando a população relativa de um local é numerosa dizemos que esse local é muito povoado.
Apesar da enorme população absoluta, a densidade demográfica do Brasil é baixa não ultrapassando 20 habitantes por quilômetro quadrado.

Superpovoamento: corresponde a um descompasso entre as condições sócio-econômicas da população e à área ocupada. Isso quer dizer que, superpovoamento não depende apenas da densidade demográfica, mas principalmente das condições de vida da população. Alguns países com grande densidade demográfica podem não ser considerados superpovoados, enquanto outros com densidade baixa assim o podem ser classificados.

Recenseamento ou censo: corresponde á coleta periódica de dados estatísticos dos habitantes de um determinado local.
No Brasil os recenseamentos são feitos de 10 em 10 anos, o último foi feito em 2002, pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), órgão estatal. Sua página na Internet é
www.ibge.gov.br.

Taxa de natalidade: corresponde a relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e a população absoluta, o resultado em geral é expresso por mil.

N.º de nascimentos X 1000 = taxa de natalidade
População absoluta

A natalidade é ligada a vários fatores como por exemplo qualidade de vida da população, ou ao fato de ser uma população rural ou urbana.
As taxas de natalidade no Brasil caíram muito nos últimos anos, isso se deve em especial ao processo de urbanização que gerou transformações de ordem sócio-econômicas e culturais na população brasileira.

Taxa de mortalidade: corresponde a relação entre o número de óbitos ocorridos em um ano e a população absoluta, o resultado é expresso por mil.
N.º de óbitos X 1000 = taxa de mortalidade
População absoluta

Assim como a natalidade, a mortalidade está ligada em especial a qualidade de vida da população analisada.
No Brasil, assim como a natalidade a mortalidade caiu, especialmente a partir do processo de industrialização, que trouxe melhorias na assistência médica e sanitária à população, além da urbanização acentuada.

Crescimento vegetativo ou natural: corresponde a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.
C.V. = natalidade - mortalidade.
O crescimento vegetativo corresponde a única forma possível de crescimento ou redução da população mundial, quando analisamos o crescimento de áreas específicas temos que levar em consideração também as migrações.
O crescimento vegetativo brasileiro encontra-se em processo de diminuição, mas já foi muito acentuado, em especial nas décadas de 50 à 70, em virtude especialmente da industrialização.

Taxa de fecundidade: corresponde a média de filhos por mulher na idade de reprodução. Essa idade se inicia aos 15 anos, o que faz com que em países como o Brasil, onde é comum meninas abaixo dessa idade terem filhos, ela possa ficar um pouco distorcida.
Na década de 70 a taxa de fecundidade no Brasil era de 5,8 filhos por mulher, em 1999 esse número caiu para 2,3. Isso reflete a mudança que vem ocorrendo no Brasil em especial com a urbanização e com a entrada da mulher no mercado de trabalho, que tem contribuído com a redução significativa da taxa de natalidade e por conseqüência da taxa de fecundidade.

Taxa de mortalidade infantil: corresponde ao número de crianças de 0 à 1 ano que morrem para cada grupo de mil nascidas vivas.
No Brasil vem ocorrendo uma redução gradativa dessa taxa, apesar de ela ainda ser muito elevada se comparada a países desenvolvidos, em 1999 ela era de 34,6 por mil ou 3,46%.
As regiões brasileiras apresentam realidades diferentes, o Nordeste apresenta as maiores taxas de mortalidade infantil, sendo em 1999 de 53 por mil ou 5,3%, ou seja acima da média nacional.

Expectativa de vida: corresponde a quantidade de anos que vive em média a população.
Este é um indicador muito utilizado para se verificar o nível de desenvolvimento dos países.
No Brasil a expectativa de vida nas últimas décadas tem se ampliado, em 1999 as mulheres viviam em média 72,3 anos, enquanto os homens 64,6 anos, esse aumento na expectativa também se deve a melhorias na qualidade médico sanitária da população em virtude do processo de urbanização.

CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO

Segundo a teoria da transição demográfica, o crescimento populacional se daria em fases, o período anterior a transição ou pré-transicional, conhecido como regime demográfico tradicional, seria aquele no qual as taxas de natalidade e mortalidade seriam elevadas, fazendo com que o crescimento vegetativo fosse pequeno. A grande ruptura com esse período começa a se dar nos países desenvolvidos com a Revolução industrial, já nos subdesenvolvidos isso ocorre apenas em meados do século XX. O período posterior a transição ou pós-transicional, chamado de regime demográfico moderno, se daria quando as taxas de natalidade e mortalidade baixassem. Devido ao fato de que as taxas de mortalidade caem primeiro que as de natalidade, durante a transição viveria-se um período de intenso crescimento populacional, chamado de explosão demográfica, processo pelo qual passam ainda hoje vários países subdesenvolvidos.
O Brasil já superou a fase de explosão e começa a entrar na fase de estabilização da população, o que faz com que comece a haver um maior equilíbrio na pirâmide etária do país.

ESTRUTURA DA POPULAÇÃO

1- Estrutura ocupacional
Com base na estrutura ocupacional a população de um país pode ser dividida em dois grupos:
a) População economicamente ativa (PEA): corresponde as pessoas que trabalham em um dos setores formais da economia ou que estão a procura de emprego. Subdividi-se em, desempregados e população ocupada.
b) População economicamente inativa (PEI) ou população não economicamente ativa (PNEA): corresponde a parcela da população que não está empregada como crianças, velhos, deficientes, estudantes, etc., ou que não exercem atividades remuneradas como donas de casa. Esse camada da sociedade demanda grandes investimentos sociais, e é bancada pela população ativa.

1.1- Desemprego e subemprego:
Hoje o maior problema enfrentado pela maioria dos países do mundo é o desemprego, ele é uma realidade não apenas em países subdesenvolvidos mas também, em países altamente desenvolvidos como a Alemanha.
O desemprego se divide em dois tipos fundamentais:
a) Desemprego conjuntural: que é aquele que está ligado a conjunturas de crise econômica, nas quais a oferta de empregos e os postos ocupados diminuem.
b) Desemprego estrutural ou tecnológico: que está ligado a estrutura produtiva, e aos avanços tecnológicos introduzidos na produção, em substituição da mão de obra humana, como o que é gerado pela robótica.
Além do desemprego, é comum hoje a existência dos chamados subempregos, onde o trabalhador além de trabalhar na maioria das vezes em condições precárias, ganha baixíssimos salários e não tem nenhuma garantia legal. Esse tipo de atividade é muito comum hoje em países subdesenvolvidos como o Brasil, onde o número de subempregados é enorme, e grande parte da população depende do trabalho dessas pessoas.

1.2- Trabalho infantil
Além do fato de a juventude ser a maior afetada com o desemprego, existe nos países subdesenvolvidos o problema do trabalho infantil, o qual é gerado por sérios problemas econômicos e sociais enfrentados por esses países, onde crianças precisam trabalhar para ajudar na renda familiar. Muitas vezes as condições de trabalho que se encontram essas crianças é de completa insalubridade. Além disso outros problemas como o abandono dos estudos são gerados em virtude desse tipo de atividade. No Brasil o número de criança que trabalham é muito grande, isso se deve em especial, pelo fato de grande parte dos chefes de famílias brasileiros, não terem condições de arcar sozinhos com os gastos familiares, o que faz com que milhares de crianças tenham que trabalhar. É muito comum também no Brasil, os adultos se aproveitarem das crianças, fazendo com que elas trabalhem enquanto o próprio adulto não busca o que fazer
A participação da mulher no mercado de trabalho.
Apesar de crescente, a participação das mulheres no mercado de trabalho não tem significado ainda melhorias das condições de vida, pelo contrário, pesquisas mostram que com o aumento de lares liderados por mulheres, houve uma redução na renda familiar. Isso se deve ao fato de as mulheres em média ganharem salários mais baixos que os homens para desempenharem as mesmas funções. As causas que estão por trás deste fato são por exemplo:

- a herança patriarcal de nossa sociedade;
- o machismo ainda muito forte e presente no nosso dia-a-dia;
- a desvalorização do trabalho doméstico;
- o preconceito que coloca a mulher como sexo frágil.

Além dos menores salários, do preconceito, do machismo, etc., as mulheres ainda tem que enfrentar as jornadas duplas ( trabalho e casa ) ou triplas ( casa, trabalho e estudos ). Também é a mulher a maior vítima da violência doméstica, em geral praticada por maridos violentos.
Mesmo com todas essas dificuldades, as mulheres vem avançando em seus direitos e conseguindo espaços cada vez maiores na nossa sociedade, como por exemplo o fato de a maioria dos universitários brasileiros serem mulheres.

SETORES DA ECONOMIA

A economia dos países se divide em 3 setores chamados de formais, pois, contribuem com a arrecadação de impostos, assinam carteira, dentre outras formalidades legais.

São eles os seguintes:

a) Setor primário: que envolve em geral atividades ligadas ao meio rural, como, a agricultura, pecuária, extrativismo vegetal e a pesca.
b) Setor secundário: que envolve as atividades industriais.
c) Setor terciário: que envolve as atividades do comércio, prestação de serviços, funcionalismo público, etc.

MUNDO MULTIPOLAR E BLOCOS ECONÔMICOS




BLOCOS ECONÔMICOS: são grupos de países que fazem acordos entre si para se tornarem mais competitivos, aumentarem exportações, obterem vantagens mútuas.

União Européia: anteriormente designada por Comunidade Económica Europeia (CEE) e Comunidade Europeia (CE), é uma organização internacional constituída actualmente por 25 Estados-Membros, estabelecida com este nome pelo Tratado da União Europeia (normalmente conhecido como Tratado de Maastricht) em 1992, mas muitos aspectos desta união já existindo desde a década de 50. A União tem sedes em Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo. Características o mercado único europeu (ou seja uma união aduaneira), uma moeda única (adoptada por 12 dos 25 Estados membros) e políticas agrícola, de pescas, comercial e de transportes comuns. Bloco econômico mais poderoso do mundo.

Mercosul: O Mercosul é um Bloco Econômico formado por Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. Seu objetivo era proporcionar vantagens econômicas para os 4 paises, reduzindo tarifas para importação e exportação de certos produtos para estes paises. Mercosul Economia do Mercosul, blocos econômicos, dificuldades do Mercosul, comércio internacional, globalização, o Brasil e o Mercosul, países do Mercosul, Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, (associados:Venezuela, Chile. Bolívia)

Nafta: ( Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ) os seguintes países : Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona livre de comércio, porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.

APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) é um bloco que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania. Sua formação deveu-se à crescente interdependência das economias da região da Ásia-Pacífico. Foi criada em 1989, inicialmente apenas como um fórum de discussão entre países da ASEAN (Association of the SouthEast Asian Nations) e alguns parceiros econômicos da região do Pacífico, se tornando um bloco econômico apenas em 1993, na Conferência de Seattle, quando os países se comprometeram a transformar o Pacífico numa área de livre comércio.
NOVA ORDEM MUNDIAL OU MUNDO MULTIPOLAR:

Com o fim da URSS em 1991 o planeta passa a ter três pólos de influência (todos capitalistas)

1) Os EUA com maior área de influência na América
2) União Européia na África.
3) Japão ,na bacia do Pacífico

OBS: As potências que produzem tecnologia,dominam os países que exportam matérias primas. Portanto essa nova ordem passa a se chamar multipolar ou tripolar.




CONCEITOS GEOGRÁFICOS

A SOCIEDADE A NATUREZA E O PENSAMENTO GEOGRÁFICO

A geografia estuda o espaço, constituído pelas formas naturais e pelas que foram criadas pelo trabalho humano, e conjunto com as relações que ocorrem na vida em sociedade. O espaço geográfico, ou simplesmente espaço, é analisado levando em conta os lugares, as regiões, os territórios e as paisagens. As relações sociais, econômicas e culturais que explicam a sua dinâmica, o seu constante processo de transformação.
Ao estudar o espaço, porem, cada possui o seu enfoque. Há geógrafos que consideram a geografia uma ciência social. Para outros, ela seria uma ciência da natureza.Em nosso estudo iremos estudar o Brasil e o mundo tendo como base as relações entre sociedade e natureza, interligando assim geografia humana e física .

Organização Espacial

Roberto Lobato Corrêa*

Como a geografia objetiva o estudo da sociedade? Ou seja, qual é a objetivação da geografia que, sem deixar de ser uma ciência social, distingue-se da historia, antropologia, economia e sociologia, todas também ciências sociais?
O longo processo de organização do e reorganização da sociedade deu-se concomitantemente à transformação da natureza primitiva em campos, cidades, estradas de ferro, minas voçorocas, parques nacionais shopping centers etc, Estas obras do homem são as suas maracás apresentando um determinado padrão de localização que é próprio a cada sociedade. Organizadas espacialmente, constituem o espaço do homem, a organização espacial da sociedade ou simplesmente, o espaço geográfico. A objetivação do estudo da sociedade pela geografia faz-se através de sua organização espacial, enquanto as outras ciências sociais concretas estudam-na através de outras observações.
Resumindo, o objeto da geografia é, portanto, a sociedade, e a geografia viabilizam os seus estudo pela sua organização espacial. Em outras palavras, a geografia representa um modo particular de estudar a sociedade

*Corrêa, Roberto Lobato. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 1998. p. 52-3. (Princípios, 53).



TERRITÓRIO

Outro elemento de análise utilizado pela geografia para interpretar a sociedade e suas relações é o território. Podemos falar em território nacional, território indígena, território de uma gangue de traficantes de drogas, território de ajuda de um grupo de ação humanitária, etc.em cada um deles, há relações de poder, de posse ou de domínio, e vigoram determinadas regras ou leis. Essas podem ser institucionais (criadas pelo Estado) ou reconhecidas informalmente pela sociedade (não escritas, mas todos as conhecem).

O LUGAR

Para a geografia, o lugar é a porção do espaço onde se desenrolam as relações cotidianas.
Embora os lugares sejam percebidos na esfera do cotidiano, as relações que se estabelecem em seu interior são cada vez mais influenciadas por ocorrências dos mais variados pontos do planeta. Assim partindo do lugar, podemos ampliar a escala para analisar a organização do espaço da cidade, da região , do Estado, do território nacional, e mesmo mundial, selecionando as ações humanas que quisermos estudar.
A PAISAGEM

Quando observamos, uma paisagem, seja ela de um local cujas condições naturais são preservadas, ou do entro de uma grande cidade, podemos assumir uma postura meramente contemplativa, considerá-la feia ou bonita, tranqüila ou agitada. A forma como as paisagens se apresentam aos nossos olhos nos permite interpretar heranças do passado, tentar entender o presente e propor ações com vistas a melhorar o futuro.
Ao compararmos paisagens de lugares diferentes rios e praias limpas ou poluídas, matas preservadas e áreas desmatadas, impactas ambientais provocadas por diferentes tipos de indústrias e práticas agrícolas, etc., se podem avaliar e criticar o resultado da ação humana sobre o espaço, pois ela está impressa na paisagem.


Uma necessidade epistemológica: a distinção entre paisagem e espaço
Milton Santos

Paisagem e espaço não são sinônimos. A paisagem é o conjunto das formas que, num dado momento, exprimem ass heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza. O espaço são formas mais a vida que as anima.
(...)
Durante a Guerra Fria, os laboratórios do Pentágono chegaram a cogitar da produção de um engenho, a bomba de nêutrons, capaz de aniquilar a vida humana em uma dada área, mas preservando todas as construções. O presidente Kennedy afinal renunciou a levar a cabo esse projeto. Senão, o que na véspera seria espaço, após a temida explosão seria apenas paisagem. Não temos melhor imagem para mostrar a diferença entre esses dois conceitos.

Trechos de Santos Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. p. 83-5

REGIÃO

Em nosso dia-a-dia, a palavra região é utilizada em várias circunstâncias. Falamos em região industrial, região da laranja, região da seca, região do Bico do Papagaio, região de expansão das fronteiras agrícolas, região do IBGE, região natural, região mais pobre, mais rica, e várias outras delimitações territoriais em que a palavra pode ser livremente utilizada. Todas elas possuem uma característica comum independentemente do tamanho, são áreas que se diferenciam do seu entorno por uma ou mais particularidades.
A organização socioeconômica de atual de uma região é resultante da forma como ela foi-se estruturando ao longo da historia.algumas mudaram de função econômica (substituição da pecuária pelo cultivo, da agricultura voltada para o mercado interno pela de produtos de exportação); outras, devido ao desmatamento, deixaram de ser uma região natural; ou ainda, foram criadas novas regiões industriais, turísticas, etc.
Após a Segunda Guerra Mundial, sobretudo com o avanço da globalização da economia, muitas regiões ampliaram o alcance de suas relações: deixaram de ter importância apenas local e se tornaram centros conectados com outras partes do mundo.