quinta-feira, 24 de setembro de 2009

BIOCOMBUSTÍVEIS


Pode ser chamada de biocombustível qualquer fonte de energia renovável advinda de materiais orgânicos, como a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, biomassa, dentre outros. Em virtude da escassez do petróleo e da poluição atmosférica ocasionada pelos combustíveis de natureza fóssil (gás natural, carvão e petróleo), os biocombustíveis passaram a ganhar destaque no cenário atual como uma alternativa vantajosa, uma vez que são fontes inesgotáveis e mais limpas.

ETANOL

O etanol ou álcool etílico (CH3CH2OH) é uma substância orgânica originada da fermentação de diversos açúcares ou através de processos sintéticos. Ele possui diversas atuações, estando presente na indústria de bebidas, na perfumaria, em desinfetantes, em solventes industriais, além de ser usado na produção de eletricidade e de atuar como combustível.Nas últimas décadas, o álcool etílico ganhou maior representatividade no âmbito das fontes de energia. Para essa finalidade, o etanol pode ser obtido através da cana-de-açúcar, da beterraba, do milho ou da mandioca, tendo a capacidade de substituir a gasolina. O Brasil destaca-se mundialmente como pioneiro na implantação de etanol na sua matriz energética, sendo hoje o maior produtor, consumidor e exportador deste biocombustível, utilizando a cana-de-açúcar como material orgânico. Em torno de 73% dos veículos vendidos no nosso território aceitam tanto gasolina quanto álcool (automóveis bicombustíveis).

UM POUCO DA HISTÓRIA

Depois da crise do petróleo, em 1973, ficou clara a idéia de que era necessário buscar fontes que substituíssem o petróleo, coisa que também foi impulsionada pelos constantes apelos ambientais. Assim, surgiram novas usinas nucleares em diversas partes do mundo, bem como o aumento do consumo de carvão mineral e gás natural e do interesse pelos biocombustíveis.
Em 1975, o Brasil desenvolveu o programa Pró-Álcool, que tinha como objetivo ampliar a produção e desenvolvimento do etanol. Essa tecnologia teve constante expansão com base em incentivos governamentais e atingiu o seu ápice em 1986, quando a maioria dos veículos fabricados no Brasil tinha motores a álcool. No entanto, um pouco depois desse período, houve declínio constante na produção do etanol, uma vez que o açúcar enfrentou grande alta no mercado mundial, o que fazia com que os produtores perdessem o interesse pelo álcool. Esses fatores, em meio à queda do preço do petróleo, fizeram com que o Pró-Álcool fosse extinto, em 1990.

SITUAÇÃO ATUAL: PROBLEMAS E EXPECTATIVAS
Nos últimos anos, em virtude da possível escassez do petróleo e da degradação ambiental, a utilização do álcool combustível voltou a tornar-se viável, tendo o Brasil expandido a tecnologia através de estudos e centros de pesquisas organizados. Despertando o interesse mundial, o etanol revela-se vantajoso em relação à gasolina e ao diesel, uma vez que o (CO2) liberado na sua queima é reabsorvido pelo canavial, diminuindo, pois, a poluição atmosférica.
Entretanto, esta alternativa possui fatores negativos, pois pode induzir a monocultura da cana-de-açúcar, isto é, um vasto plantio de um único vegetal, o que implica perda de diversidade, desgaste do solo, além do risco de uma praga ou doença prejudicarem intensamente a produção. Além disso, as condições de trabalho nos canaviais são muitas vezes desumanas, havendo intensa sobrecarga de atividades e péssimas remunerações.
O potencial brasileiro para a produção do álcool etílico e, em geral, de outros biocombustíveis, como o biogás e o biodiesel dá ao nosso país condição privilegiada quanto à busca de novas fontes de energia. Espera-se que a evolução da biotecnologia, como também dos mecanismos de produção, nas próximas décadas, ponha o etanol numa posição bastante representativa nas matrizes energéticas mundiais

Um comentário:

  1. Vlw ai professor , ta super bem explicado , continue colocando essas informações no blog que os alunos agradecem , os estudos não podem so ficar restritos a escola , estudar sozinho tambem e muito importante

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