quinta-feira, 23 de julho de 2009

REVOLUÇÃO CUBANA 1959 - 2009


Cena do filme sobre a trajetória do líder revolucionário argentino Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido como Che Guevara (Benicio Del Toro), tem início no ano de 1956, quando Che e exilados cubanos, como Fidel Castro (Demián Bichir), encontram-se no México, articulando resistência militar contra o governo ditador de Fulgencio Batista, em Cuba.
Ao entrar em seu ano 51, a Revolução Cubana segue dividindo opiniões. Para uns, trata-se de uma ditadura que priva seus cidadãos do direito à livre iniciativa política e econômica. Para outros, é um exemplo de desenvolvimento social e resistência a um injusto embargo comercial.

É fato, por exemplo, que a maioria dos cubanos vive com um salário ao redor de US$ 1 por dia. Isso poderia levar a crer que eles vivem em profunda miséria, mas não é o que acontece. O governo garante meios básicos para a subsistência a todos os cidadãos por meio de produtos vendidos a preços subsidiados em lojas estatais nada atraentes para um estrangeiro: a variedade é pouca, e a qualidade dos produtos fica aquém do que estamos acostumados no Brasil.

A comida é suficiente para que ninguém passe fome, mas a qualidade e a variedade são desanimadoras. Mesmo nos restaurantes – todos estatais, com exceção de alguns pequenos estabelecimentos familiares que o governo autorizou durante a crise desencadeada pela queda do Muro de Berlim – há pouco mais que arroz, feijão, batatas, carne de frango ou porco e duas ou três variedades de vegetais.

É no mercado negro que o cubano que tem acesso a dólares - normalmente obtidos de parentes que emigraram, do trabalho com turismo ou em alguma atividade ilegal - se abastece de bens de consumo e, sabendo onde comprar, há de tudo que se possa imaginar.

Basta caminhar pela rua para ver que os cubanos se vestem com roupas que as lojas do Estado não vendem, como tênis de marcas conhecidas internacionalmente

Duas moedas

O problema é que o mercado paralelo vive de dólares ou pesos conversíveis -moeda criada pelo governo que equivale a aproximadamente US$ 1.

Isso mesmo: Cuba tem duas moedas – o peso conversível, com valor alto, usado por turistas e pelo o mercado negro, e o peso cubano, usado pelo Estado para pagar os trabalhadores, que vale muito pouco (o peso conversível vale cerca de 25 vezes o cubano).

O resultado é que todos só querem saber do peso conversível. “Aqui precisamos nos virar para conseguir dinheiro”, conta Yolanda*, uma enroladora de charutos que desvia parte do que produz para vender a turistas.

Ela vive num prédio em péssimas condições de conservação no centro de Havana e corre riscos para conseguir algum dinheiro que lhe permita comprar, por exemplo, produtos de higiene pessoal em falta nos mercados populares.

Caminhando pelos arredores da casa de Yolanda, assim como por toda a capital cubana, é possível ver que a revolução, se cumpriu a promessa de garantir moradia a todos os habitantes, não o faz de forma muito satisfatória: grande parte das residências, pela estado de deterioração em que se encontram, facilmente passariam por cortiços.

Ainda assim, ouvindo a desenvoltura com que Yolanda, uma operária de fábrica de tabaco, discorre sobre seu trabalho e a situação do país, assim como conversando com outros cubanos pelas ruas, fica claro que o regime de Fidel atingiu sua meta de dar educação básica a toda a população.

O país erradicou o analfabetismo (segundo dado da agência de inteligência americana, a CIA, 99,8% dos habitantes maiores de 15 anos sabem ler, contra 88.6% do Brasil). Todos têm educação gratuita e, ainda segundo a CIA, o cubano, em média, vai à escola dois anos a mais que o brasileiro.

O sistema educacional, aliado ao atendimento de saúde amplo e irrestrito, coloca Cuba 32 posições à frente do Brasil no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que calcula e compara o bem-estar de populações de diferentes países do mundo.

Mídia

Educação, no entanto, não é sinônimo de informação. A mídia em Cuba ainda é totalmente controlada pelo governo. A TV estatal não dá lugar a vozes dissidentes e, além das novelas brasileiras, das quais os cubanos são grande fãs, exibem horas de programação com forte carga ideológica, como debates em que todos os participantes elogiam o governo ou outras formas de propaganda, como, por exemplo, tele-aulas de música em que se aprende a execução de canções como a Internacional Comunista.

Na clássica Rádio Relógio, emissora que transmite o noticiário e a hora certa a cada minuto, predominam notas oficiais - informações sobre medidas do governo ou a agenda do presidente Raúl Castro. O "Granma", maior jornal do país e porta-voz do Partido Comunista Cubano, reproduz seus discursos na íntegra.

“Tenho acesso a duas horas de internet por mês na minha universidade”, conta Javier*, um estudante de tecnologia de comunicações. “Dizem que é por motivo de segurança, mas não vejo muito bem que segurança seria essa”, comenta, numa tímida crítica ao controle que o governo faz da informação, que acaba fazendo de Cuba, mais que nunca, uma ilha. Bloqueios a sites específicos, como o buscador Google, são constantes, conta o universitário.

Javier conseguirá se formar engenheiro mesmo com seu pai ganhando US$ 25 por mês. O jovem parece conformado com o fato de que, uma vez com o diploma na mão, terá um salário equivalente a uma pequena fração do que teria em outro país. “Vamos esperando até que me paguem o quanto realmente vale meu trabalho”, diz.

Raúl Castro, pouco a pouco, vai ocupando o lugar do irmão. Muitos estabelecimentos públicos hoje ostentam a foto do novo presidente, mas não removeram a de Fidel, eterno líder da Revolução, que também enfeita o cartaz oficial de celebração do jubileu de ouro da derrubada de Fulgencio Batista.

*os nomes são fictícios

FONTE: G1

terça-feira, 14 de julho de 2009

SUGESTÃO DE LEITURA



A Crise Global da Água e a batalha pelo controle da água potável no mundo.

A M.Books traz para o Brasil o Best-Seller ÁGUA, O PACTO AZUL, da consagrada autora Maude Barlow. O livroaborda uma crise ambiental que — em conjunto com o aquecimento global — apresenta uma das ameaças mais graves à nossa sobrevivência. A autora, Maude Barlow, ativista famosa em todo o mundo, tem estado à frente da política internacional da água e, neste livro oportuno e importante, ela discute a situação da água no mundo.

Três cenários conspiram em direção à calamidade.


Cenário um: O mundo está ficando sem água doce. Não é apenas uma questão de encontrar dinheiro para salvar os dois bilhões de pessoas que moram em regiões do mundo que apresentam estresse hídrico. A humanidade está poluindo, desviando e esgotando as fontes finitas de água da Terra, em um ritmo perigoso que aumenta constantemente. O uso excessivo e o deslocamento da água são o equivalente, em terra, às emissões de gases de efeito estufa e, provavelmente, uma das causas mais importantes da mudança climática.

Cenário dois: A cada dia, mais e mais pessoas estão vivendo sem acesso à água limpa. À medida que a crise ecológica se aprofunda, a crise humana também o faz. O número de crianças mortas devido à água suja supera o de mortes por guerra, malária, AIDS e acidentes de trânsito. A crise global da água se tornou um símbolo muito poderoso da crescente desigualdade no mundo. Enquanto os ricos bebem água de alto nível de qualidade sempre que desejam, milhares de pessoas pobres têm acesso apenas à água contaminada de rios e de poços locais.

Cenário três: Um poderoso cartel corporativo da água surgiu para assumir o controle de todos os aspectos da água a fim de obter lucro em benefício próprio. As corporações fornecem água para beber e recolhem a água residual; colocam enormes quantidades de água em garrafas plásticas e nos vendem a preços exorbitantes; as corporações estão desenvolvendo tecnologias novas e sofisticadas para reciclar nossa água suja e vendê-la de volta para nós; elas extraem e movimentam a água através de enormes dutos, retirando-a de bacias hidrográficas e aqüíferos com o objetivo de vendê-la para grandes cidades e indústrias; as corporações compram, armazenam e vendem água no mercado aberto, como se fosse um novo modelo de tênis de corrida. E o mais importante: as corporações querem que os governos desregulamentem o setor hídrico e permitam que o mercado estabeleça uma política para a água. A cada dia, elas se aproximam mais desse objetivo.


O cenário três aprofunda as crises que agora se revelam nos cenários um e dois.
Imagine um mundo, daqui a vinte anos, em que nenhum progresso substancial tenha sido feito para fornecer serviços básicos de água para o Terceiro Mundo; ou para criar leis de proteção à água de fonte e que obriguem a indústria e a agricultura industrial a pararem de poluir os sistemas hídricos; ou para conter a movimentação maciça de água por dutos, navios-tanques e
outras formas de desvio, o que terá criado enormes faixas novas de deserto.


Isso não é ficção científica. É para lá que o mundo está se dirigindo, a menos que mudemos o curso — uma obrigação moral e ecológica. Mas, primeiro, devemos entender melhor a dimensão da crise.



SOBRE A AUTORA

MAUDE BARLOW é chefe do Council of Canadians, a maior organização canadense de militância pública, e fundadora do Blue Planet Project. Recebeu
o prêmio sueco Right Livelihood Award (o “Nobel Alternativo”) por seu trabalho no movimento pela justiça da água, é autora de 16 livros, incluindo (com Tony Clarke) Ouro azul (publicado no Brasil pela editora M. Books), que foi traduzido para 16 idiomas e publicado em quase 50 países. Barlow é membro do World Future Council e participa do conselho diretor do Food & Water Watch e do International
Forum on Globalization. Ela mora em Ottawa, no Canadá.

Lançamento
Abril / 2009

200 páginas
Formato: 16x23
Preço: R$ 49,00

quarta-feira, 24 de junho de 2009

CARTOGRAFIA BÁSICA


Desde o começo da humanidade, tinha a necessidade de traçar rotas comerciais, rotas de navegação, e daí em diante as necessidades iam aumentando. Por isso, a localização dos fenômenos geográficos sempre foi uma verdadeira necessidade ao homem. Daí entra a cartografia.

Cartografia é a ciência e arte que estuda como preparar, organizar, elaborar e interpretar mapas ou cartas geográficas.

Mapa é uma imagem reduzida dos elementos que constituem certa superfície terrestre. Com um pouco de imaginação e interpretação é possível ler e saber o que o mapa nos apresenta.

Coordenadas Geográficas

O nosso planeta é cortado por linhas imaginarias que tem como função localizar qualquer lugar na superfície terrestre. Para isso, foi determinado as coordenadas geográficas, a latitude e longitude.

Latitude

É a distancia, em graus, de qualquer lugar da superfície até o Equador, distancia que varia de 0 a 90° N ou S. Podemos a partir do Equador, traçar círculos paralelos (imaginários), diminuindo de tamanho conforme se afastam para o norte ou para o sul.

Longitude

É a distancia de qualquer lugar da superfície ao meridiano de Greenwich, variando de 0 a 180° para o leste ou para o oeste.

Isto se dá, porque o meridiano 0° divide a Terra em 2 hemisférios, ocidental (oeste) e oriental (leste). O meridiano de 0° passa pelo observatório astronômico de Greenwich, por isso o nome de meridiano de Greenwich. Todos os meridianos tem o mesmo comprimento, pois se encontram nos pólos.

Se você quer encontrar qualquer lugar em nosso planeta, pode fazer isso tendo as coordenadas geográficas. Bem que se for uma rua, é mais fácil ter o mapa da cidade.

Fusos horários

O movimento de rotação da Terra gera o dia e a noite, e também a diferença de horário nos diversos pontos longitudinais da Terra.

O globo terrestre é dividido em 24 pontos longitudinais. Cada ponto corresponde a 1 hora. Assim dividindo os 360° do globo, em 24 horas de duração o resultado é 15°, ou seja, a cada 15° que a Terra gira, passa-se 1 hora. Cada um dos 24 pontos longitudinais corresponde a um fuso horário.

O meridiano de Greenwich é o meridiano de referencia, a partir dele se acertam os relógios, pode ser horas a mais se nos direcionarmos para um fuso horário ao leste, ou horas a menos se mudarmos a um fuso ao oeste. Isto ocorre porque a Terra gira de oeste para leste.

Por exemplo: a hora oficial do Brasil está atrasada 3 horas em relação a Greenwich.

Os mapas

Com a necessidade de se orientar na superfície da Terra, os homens elaboraram vários tipos de mapas. O mapa é a mais antiga forma de comunicação, antes até mesmo da escrita.

Os mapas antigos ou medievais, eram feitos sob a influencia religiosa, por isso tinha apenas representações idealizadas da Terra e do céu. Hoje os mapas são feitos com base em fotos de satélite e processados pela informática, sendo bem mais precisos.

Representar todos os fenômenos físicos, políticos, econômicos e humanos em um único mapa seria impossível. Por isso, há os mapas temáticos, nos quais se representam apenas os temas que interessam ao usuário.

Escalas

A escala expressa o quanto a realidade foi reduzida para se caber em um mapa. Sua representação pode ser de dois tipos: numérica e gráfica.

Escala numérica

Sua representação é expressa através de uma fração ordinária.

Exemplo: 1:10.000 – um por dez mil. Um mapa que tem essa escala indica que a distancia real é 10 mil vezes maior do que no mapa. 1cm tem 100m, ou 1km.

Escala gráfica

É expressa através de um gráfico que já vem dividido em certa quantidade de quilômetros. Exemplo: [------100------200------300m] a cada parte do mapa é equivalente a 100m no espaço representado.

Como usar a escala?

Adotando E=escala; D=distancia da realidade; d= distancia do mapa.

Ex.1) Qual a distância real aproximada entre a grande São Paulo e Santo André?Sabe-se que no mapa a escala é 1:1 000.000, a distancia mede 1,5cm no mapa em linha reta.

E= 1: 1 000.000; logo 1cm= 10km

D= 1,5cm

Aplica-se a fórmula: D= d.E (ou d x E)

1,5 x 10 = D= 15km.

Resposta: A distancia real é 15km aproximadamente.

Ex.2) Invertendo o processo descobrimos a distância no mapa.

d= D : E = 15 : 10 =

d= 1,5cm

Ex.3) Para descobrir a escala basta dividir D por d.

D : d = 15 : 1,5 = E= 10.

Ou seja, cada 1cm equivale a 10km.

Alguns mapas apresentam tanto escala gráfica como numérica. Caso apresente gráfico, lembre-se que não necessidade de fazer cálculos.

MOVIMENTOS DA TERRA



Rotação da Terra

A rotação da Terra se dá em torno do imaginário eixo da Terra, o qual passa pelos pólos norte e sul geográficos. O período de rotação da Terra é de cerca de 23h56m04s, sendo, portanto, cerca de 03m56s mais curto do que o período correspondente a um dia solar de 24h00m00s.

Se a Terra só tivesse movimento de rotação, então seu período de rotação coincidiria com a duração de um dia solar. Como a Terra possui também um componente de movimento de translação, depois de dar uma volta completa em torno de seu eixo, a Terra ainda não rodou uma volta completa com relação ao Sol. O período de rotação da Terra em torno de seu eixo recebe o nome de Dia Sideral, e o período de rotação com relação ao Sol recebe o nome de Dia Solar. A rotação da Terra é a responsável pela ocorrência da sucessão dos dias e das noites.


Movimento de Translação da Terra

O movimento de translação da Terra é aquele componente responsável pelo movimento da Terra em torno do Sol. O movimento combinado de rotação e translação é o movimento orbital da Terra em torno do Sol. O movimento de translação tem um período de cerca de 365d06h09m09,5s e é um pouco mais comprido do que o Ano das Estações que é de 365d05h48m46s. A pequena diferença se deve ao efeito do movimento de precessão do eixo da Terra.

O movimento de translação, associado com a inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano orbital em torno do Sol, é o responsável pelo aparecimento das estações do ano. A Órbita, ou trajetória, da Terra em torno do Sol é uma elipse muito pouco achatada, sendo que o Sol ocupa um dos focos da elipse. Olhando para a elipse orbital da Terra, a olho nu não se pode distingui-la de uma circunferência. O eixo da Terra está inclinado de cerca de 66,5 o com relação a seu plano orbital.
EQUINÓCIOS E SOLSTÍCIOS
O solstício tem a característica de criar a impressão que o dia dura mais que noite em um hemisfério, sendo o contrário no hemisfério oposto. Hemisférios esses Norte e Sul. Então, se estamos no primeiro dia do verão no hemisfério Sul, pr exemplo, teremos o dia mais longo do ano, enquanto no hemisfério norte, por chegar o inverno, haverá a noite mais longa do ano. Já o equinócio o dia e a noite têm igual duração.Vou exemplificarSolstício (inverno noite mais longa em um dos hemisférios e dia mais longo no hemisfério oposto, verão)
Equinócio (Dia com mesma duração da noite, primavera em um dos hemisférios e consqüentemente, outono no hemisfério oposto).

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O BRASIL E A CRISE MUNDIAL


Num mundo em que a palavra “crise” se tornou tão global quanto a sua própria existência, o Brasil parece ser excepção à regra. De facto, alguns dados demonstram que, contra o que seria expectável, o país tens resistido às extremas dificuldades que vêm afectando economias teoricamente mais robustas.


Enquanto que no resto do mundo o crescimento médio do PIB baixou para 1%, no caso do Brasil apresentou um decréscimo de 5,4% para…3,5%. A inflação, que em tempos não muito longínquos era de 6%, ronda nesta altura os 4,5%.


A taxa de desemprego, que não pára de aumentar nos países ditos de “primeiro mundo”, cifrou-se no Brasil nos 7,9% em 2008, contra os 9,3% de 2007. De Novembro para Dezembro de 2008, a referida taxa baixou de 7,6% para 6,8%.


Por outro lado, a capacidade económica da generalidade da população Brasileira revela uma dimensão sem precedentes. A título de exemplo, e de acordo com a Associação Brasileira de Vendas Directas, o sector obteve um crescimento de 8,7% entre Outubro e Dezembro de 2008, tendo aumentado o número de revendedores em 7,2% relativamente a 2007. Outro bom exemplo é revelado pelos dados divulgados pela Volkswagen: nos últimos anos as vendas no Brasil aumentaram mais de 30%, enquanto que em países tradicionalmente consumidores, como os EUA e a Alemanha, se verificou uma quebra acentuada. Não admira, pois, que as previsões apontem para que o Brasil venha a ser ao longo dos próximos cinco anos o 6º destino preferido do investimento de empresas multinacionais.


Mas o que pode explicar esta resistência do Brasil à crise mundial? Bem, uma multiplicidade de factores.


Em primeiro lugar, os imensuráveis recursos naturais do país que, aliados ao investimento no seu aproveitamento e a uma agricultura moderna, colocam o país no top de produtores de praticamente qualquer produto que dependa da natureza. É o caso dos produtos agrícolas, do petróleo, do gás e do etanol, obtido a partir da cana-de-açúcar e tido como uma das fontes energéticas do futuro. E os níveis de produção não param de crescer…!


Depois, o Brasil apresenta 20 milhões de novos consumidores, o que, conjugado com a avalanche de crédito que vem sucedendo, estimula o crescimento económico do país.


Importante também foi a redução da dependência da economia Brasileira relativamente à Americana. Enquanto até há alguns anos atrás os EUA absorviam cerca de 27% das exportações do Brasil, hoje o valor cifra-se nos 15%, estando os restantes 85% bem distribuídos entre vários continentes. Assim, a crise que abalou fortemente os EUA, motor da economia mundial, teve menores impactos directos.


Extremamente relevantes são também as características da política económica Brasileira, estável e previsível. A consistência das medidas adoptadas ao longo da última década, bem como as reservas internacionais no valor de 200 biliões de dólares, possibilitam ao país usufruir de uma estabilidade e segurança invejáveis. Neste sentido, revelam-se de importância capital a existência de um Banco Central autónomo e a política de câmbio flutuante adoptada em 1999, que permite ao país ajustar os preços relativos de forma rápida e assim minorar o impacto de choques externos sobre os vencimentos e o emprego.


Por fim, são de referir as políticas monetárias que vêm sendo adoptadas com o intuito bem definido de resistir à crise mundial. É o caso da atenuação dos depósitos compulsórios exigidos pelo Banco Central, o que permite uma maior irrigação do sistema financeiro e, em especial, um maior investimento na agricultura, e é ainda o caso da utilização de parte das reservas cambiais para suprir de capital de giro os exportadores.


Todavia, e embora a situação seja bastante mais favorável ao Brasil do que à generalidade do mundo, o país não pode ignorar as ameaças de que é alvo: a própria crise financeira mundial, a inflação em alta na generalidade dos países, a queda no preço das mercadorias e a concorrência de outros mercados emergentes (como a Rússia, a China e a Índia).


Para prosperar, o Brasil deverá saber identificar as suas fraquezas, nomeadamente os gastos elevados do seu Governo, a baixa alfabetização da população, a taxa de desemprego que, embora tenha vindo a decrescer continua a alta, e o subaproveitamento de alguns recursos, tentando eliminá-las ou, pelo menos, atenuá-las.
Deverá ainda saber agarrar as oportunidades. Neste campo, a própria crise poderá ser benéfica, já que vem revelando o Brasil como um destino de investimento apetecível e um mercado de grandes dimensões, em expansão.


País de uma riqueza natural e cultural fantástica, o Brasil revela-se agora como um pólo potencial de riqueza financeira. Para concretizar o futuro próspero que lhe auguram os especialistas, e que, de resto, a crise tem confirmado como possível, o Brasil deverá considerar os aspectos políticos e financeiros globais, praticando a geoestratégia e nunca esquecendo que o seu maior compromisso é para com o seu povo.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

NOVIDADE NOVA LOGOMARCA


Equipe do Blog "GEOLOUCURA" lança em junho de 2009 a nova logomarca.

CANADÁ





A cantora canadense Alanis Morissette (foto) interpretando o hino do Canadá na final do campeonato de Hóquei no gelo um esporte muito popular no país

O Canadá é um país localizado na América do Norte ou América Anglo-Saxônica, seu território encontra-se no hemisfério norte ocidental. Na costa oeste é banhado pelo Oceano Pacífico, na costa leste pelo Oceano Atlântico e mar do Labrador e ao norte pelo mar de Beaufort.
O país possui o segundo maior território do mundo, superado somente pela Rússia. Ocupa uma área de 9 milhões de quilômetros quadrados, onde vivem cerca de 33,3 milhões de habitantes. Grande parte da população está estabelecida na extensão da fronteira com os Estados Unidos (6 mil km), extremo sul do país, os centros urbanos não se distanciam mais de 350 km da fronteira entre os dois países.
A concentração da população nessa região ocorre em decorrência do clima frio que predomina no restante do país. O norte é muito frio, apresenta característica polar, o que impede o processo de urbanização da região. A população canadense é formada por povos autóctones, asiáticos, e, principalmente, europeus (origem Britânica 40% e francesa 25%).
Esse último dado faz com que o país possua duas línguas oficiais: inglês e francês. O território é extremamente urbanizado, pois 80% da população vivem em cidades, isso ocorre por causa do nível alto de industrialização e atividade rural desenvolvida de forma intensiva e mecanizada.
O Canadá apresenta um dos melhores indicadores sociais do mundo, desse modo, os índices de analfabetismo são baixos, assim como os de mortalidade infantil e natalidade. A população canadense está envelhecendo, a baixa taxa de natalidade aliada à boa expectativa de vida (80 anos) produz uma carência de mão-de-obra, pois aproximadamente 15% da população têm mais de 65 anos, fato que diminui o PEA (População Economicamente Ativa) do país. O percentual de idosos é alto se comparado ao de outros países.
O desprovimento de mão-de-obra suficiente para o setor produtivo tem promovido o ingresso no país de um grande número de trabalhadores estrangeiros. É bom lembrar que isso acontece somente em períodos de economia aquecida.

REGIÃO SUL




A Região Sul é a menor das regiões existentes no Brasil, seu território é pouco menor que o Estado de Minas Gerais.
A área territorial da Região Sul é de 576 km2, na qual abrigam os seguintes estados: Paraná - PR (Curitiba), Santa Catarina - SC (Florianópolis) e o Rio Grande do Sul - RS (Porto Alegre).
Apesar de possuir um território restrito em relação aos demais, sua população é a terceira maior entre as regiões, atualmente a população da Região Sul é de cerca de 26 milhões de pessoas. Embora cada estado seja distinto a região possui aspectos em comum, isso é proveniente de seu processo de urbanização, no sul o povoamento ocorreu pelos imigrantes Europeus, além dos pontos em comum em relação ao clima subtropical e as atividades agrícolas.
Outra característica particular do sul é a respeito da qualidade de vida, nesse quesito a região apresenta os melhores indicadores sociais em nível nacional.
A Região Sul possui uma grande riqueza de paisagens naturais, com isso dentro da região existem quatro principais tipos de relevo: Planície Costeira ou Litorânea, Campanha Gaúcha ou Pampa, Planalto Atlântico e Planalto Meridional.
Em relação ao clima, o que predomina na região é o subtropical, esse corresponde a uma transição entre o clima tropical predominante no Brasil e o clima temperado típico da Argentina. O clima subtropical se apresenta com chuvas bem distribuídas durante o ano, salvo o atual momento de alterações no clima provocadas pelo aquecimento global.

Sobre a cobertura vegetal, o tipo que se apresenta na região é a de Mata de Araucária ou Florestas de Pinhais, além da Mata Tropical Úmida e os Campos.

MUNDO BIPOLAR - GUERRA FRIA


O filme Rocky IV mostra a oposição entre o sistema capitalista (EUA OESTE) e o Sistema socialista (URSS - LESTE)


Guerra fria.

A Guerra Fria é a designação dada ao conflito político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora do socialismo, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial e a extinção da União Soviética.É chamada "fria" porque não houve qualquer combate físico, embora o mundo todo temesse a vinda de um novo combate mundial por se tratar de duas potências com grande arsenal de armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado em algúm país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma ameaça aos seus interesses; se um movimento popular combatesse um governo alinhado aos EUA, logo receberia apoio soviético.


Mundo bipolar.

Um mundo bipolar Durante quatro décadas, foi a ordem internacional marcada por uma bipolaridade: duas superpotências controlavam direta ou indiretamente inúmeros Estados abrigados em suas áreas de influência. É claro que cada Estado tinha seu governo e suas instituições. Mas sua autonomia ficava de certa forma, limitada pelo jogo estratégico da superpotência que o dominava. Faziam parte desse jogo, por exemplo, as manobras que Estados Unidos e União Soviética articulavam para manter o bloco unido e sob o seu comando, ou para conquista Estados que estavam do outro lado. A bipolaridade, isto é, a divisão do mundo em dois pólos de poder antagônicas foi uma das características mais marcantes da Guerra Fria.

TEORIAS DEMOGRÁFICAS


A TEORIA MALTHUSIANA


Exposta em 1798, foi à primeira teoria demográfica de grande impacto e até hoje a mais popular de todas, apesar das falhas que apresenta.Preocupado com os problemas sócio-econômicos (desemprego, fome, êxodo rural, rápido aumento populacional) decorrentes da Revolução Industrial e que afetavam seriamente a Inglaterra, Malthus expôs sua famosa teoria a respeito do crescimento demográfico.Para ele, a principal causa dos problemas que afetavam seu país era o grande crescimento populacional, especialmente dos mais pobres. A solução estaria no controle da natalidade, sendo que o referido controle deveria basear-se na sujeição moral do homem (casamento tardios, abstinência sexual, etc.). Sua tarefa é, portanto, nitidamente anti-natalista e conservadora.A Teoria Malthusiana baseou-se em dois princípios:


a. Caso não seja detida por obstáculos (guerras, epidemias, etc.), a população tende a crescer segundo uma progressão geométrica, duplicando a cada 25 anos.


b. Os meios de subsistência, na melhor das hipóteses, só podem aumentar segundo uma progressão aritmética.Para Malthus, a fome e a miséria eram resultantes do elevado crescimento populacional. A solução, portanto, estava no controle da natalidade.


OS NEOMALTHUSIANOSO


quadro sócio-econômico mundial do período pós-Segunda Guerra Mundial, marcado por taxas de crescimento demográfico muito elevadas no Terceiro Mundo, ao lado da situação de fome e miséria, ressuscitaram as idéias de Malthus.Os neomalthusianos ou alarmistas, temerosos diante desse quadro assustador do Terceiro Mundo, passam a responsabilizar os países subdesenvolvidos e o elevado crescimento demográfico como os culpados pelo referido quadro de horror.Para os neomalthusianos a solução estava na implantação de políticas oficiais de controle de natalidade mediante o emprego de pílulas anticoncepcionais, abortos, amarramento das trompas, vasectomia, etc.Apesar de vários países terem adotado essas medidas, a situação de fome e miséria continua existindo.


OS REFORMISTAS OU MARXISTAS


Ao contrário de Malthus e dos neomalthusianos, que atribuem ao grande crescimento populacional do Terceiro Mundo a culpa pelo estado de pobreza e fome, os reformistas admitem que a situação de pobreza e subdesenvolvimento a que foi submetido o Terceiro Mundo é a responsável pelo excessivo crescimento demográfico e conseqüente estado de miséria.Diante disso, os reformistas defendem a adoção de profundas reformas sociais e econômicas para superar os graves problemas do Terceiro Mundo. A redução do crescimento viria como conseqüência de tais reformas. Eles citam o exemplo dos países desenvolvidos, cuja redução do crescimento só foi possível após a adoção de reformas sócio-econômicas e conseqüente melhoria do padrão de vida das suas populações.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

EVENTO CODESP: EMITEC 2009 - IMPACTOS AMBIENTAIS – Uma Viagem de Sensações


Os professores Kidian Medeiros e Luís Felipe (foto) irão junto com o professor Victor Coutinho coordenar uma equipe de 82 alunos do Colégio Odete São Paio, no EMITEC 2009


INTRODUÇÃO

A preocupação com o meio ambiente, assunto debatido por pessoas de todas as idades, tem recebido cada vez mais atenção. Em época que se fala sobre aquecimento global e as conseqüências que o descuido com a natureza poderia trazer para a sociedade, apresentaremos o tema: IMPACTOS AMBIENTAIS – Uma Viagem de sensações, no EMITEC Exposição Multidisciplinar Interativa e Tecnológica 2009 dos Colégios Odete São Paio e Jean Piaget.
De acordo com a Resolução CONAMA no 001/86, art. 1o, o termo "
impacto ambiental" é definido como toda alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam a saúde, o bem estar da população e a qualidade do meio ambiente.




OBJETIVO ESPECÍFICO



Impactar o público com a atual problemática ambiental, considerando a sensação como o ponto de partida para a construção da experiência do saber, utilizando elementos interativos.


OBJETIVOS GERAIS
· Ampliar os Estudos sobre os conceitos de geografia e meio ambiente;
· Demonstrar para os visitantes a vivência educacional da instituição de ensino;
· Estabelecer um campo de investigação empírica para a reflexão sobre os impactos ambientais;
· Analisar a importância da preservação ambiental;
· Contribuir para a constituição de canais de comunicação entre educadores, instituições sociais e educativas e a população da cidade;


· Atualizar os alunos em temas ligados às questões sócio – ambientais sob a ótica do Desenvolvimento Sustentável;


· Mobilizar e sensibilizar professores para a efetiva participação em uma perspectiva interdisciplinar e ambientalista; Discutir acerca das finalidades da educação e da educação ambiental; Fomentar a construção/consolidação de processos participativos na sociedade em geral;
· Destacar que os interesses econômicos ainda se sobrepõem aos ambientais, sociais e comunitários quando da implantação de projetos governamentais.


METODOLOGIA



· Reunião do grupo de professores para elaboração do projeto;
· Seleção dos alunos que participarão do projeto;
· Reunião com os alunos para a apresentação do projeto;
· Produção Científica (pesquisa dos alunos acerca do tema);
· Construção do evento através de reuniões, treinamentos e ensaios.
· Divisão de tarefas segundo o interesse dos alunos e a necessidade da equipe;
· Confecção do material;
· (DES) Arrumação da sala de aula;
· Apresentação de esquete teatral.

AVALIAÇÃO

· Participação durante a apresentação do trabalho e no dia.
· Pesquisa.
· (DES) Arrumação.
· Presença.
· Colaboração $

* Valor Total = 7 (sete) em substituição a avaliação do 2° trimestre.


terça-feira, 12 de maio de 2009

REGIÃO SUDESTE


A região constituída pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, ocupa uma área de 924.266 km² , que corresponde a 10,85% do território brasileiro, com uma população de 62.660.700 habitantes – 42,7% do total brasileiro.

Aspectos físicos


Relevo
Do litoral para o interior, sucedem-se:
Planície costeira, com baixadas, praias, dunas, restingas, lagoas costeiras e baías.
Planalto atlântico, muito acidentado, com muitas serras: do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço, etc.
Planalto meridional dividido em: planalto arenito-basáltico e depressão periférica.

Hidrografia
A região é percorrida por rios de planalto, com grandes possibilidades de aproveitamento hidrelétrico. As principais bacias são: do Paraná, São Francisco e do Leste.

Clima
Os tipos de climas que atuam na região são: tropical, na maior parte da região; tropical de altitude, na parte leste, onde o relevo é mais alto; subtropical, no sul e; semi-árido, no norte de Minas Gerais.

Vegetação
A Mata Atlântica é a formação original no leste; os cerrados são comuns nas áreas de clima tropical mais seco; as caatingas aparecem em trechos de clima semi-árido; no sul a floresta subtropical e a vegetação de praia, junto do litoral.

Visão geral

O sudeste recebe migrantes de todo o país e é a região de maior peso na economia do país, possuindo o maior parque industrial (São Paulo-Rio-Minas), o mais elevado grau de urbanização, a maior densidade viária e os portos e aeroportos mais desenvolvidos e movimentados, bem como as principais universidades e centros de pesquisa do país.
O sudeste apresenta também uma série de problemas próprios de um país de economia dependente. A penetração do capitalismo na agropecuária liberou grandes contingentes de mão-de-obra, seja pela mecanização das atividades, seja pela concentração de propriedade da terra. Esse pessoal migrou para as cidades que não se aparelharam o suficiente, ocasionando, por conseguinte, a multiplicação de favelas e cortiços.
A agropecuária não apresenta bons resultados em sua totalidade: no norte de Minas pratica-se uma pecuária extensiva; há bolsões de pobreza no Vale do Jequitinhonha, no Espírito Santo e no Vale do Ribeira, em São Paulo, para citar alguns exemplos.

O Sudeste, coração urbano-industrial do Brasil

Vamos verificar que essa porção do território brasileiro concentra a maior parcela da produção agroindustrial e apresenta os melhores padrões de renda da população brasileira. Ao mesmo tempo, apresenta muitas carências quanto aos serviços básicos: transporte coletivo, saúde e educação, principalmente nas grandes cidades.
A região Sudeste é caracterizada por forte desenvolvimento industrial, agricultura muito dinâmica, intensa circulação de mercadorias e pela presença das maiores metrópoles do país. Esse desenvolvimento foi possível devido aos aspectos naturais, à atividade humana na região e à dinâmica da economia que
ali se estabeleceu.

A concentração industrial na região Sudeste


A região Sudeste apresenta um quadro natural privilegiado. É cortada pelo Trópico de Capricórnio na altura da cidade de São Paulo. A localização e o relevo da região permitem a predominância do clima tropical, que apresenta maior regularidade no regime de chuvas, com verão quente e chuvoso e inverno de temperaturas amenas e chuvas escassas.
Um dos aspectos que marcam a paisagem do Sudeste e a distinguem de outras regiões do Brasil é justamente o relevo. Ele apresenta uma topografia com predomínio de terras elevadas, isto é, de serras e planaltos. Nessas áreas ocorre o clima tropical de altitude, no qual as temperaturas são mais amenas.
As serras do Mar e da Mantiqueira formam a borda escarpada do Planalto Brasileiro, que vai declinando suavemente para o interior. Esse relevo funciona como um grande divisor de águas, responsável pela formação de dois grandes rios brasileiros: o Paraná, que corre para o sul, e o São Francisco, que se dirige para o norte.
Devido ao grande número de quedas d’água, esses rios apresentam grande aproveitamento energético, com usinas hidrelétricas como Itaipu, Furnas e Três Marias, entre outras, que abastecem de energia elétrica as indústrias e as cidades do Sudeste.
Vários recursos naturais importantes para as indústrias são encontrados na região Sudeste. Atualmente, a extração e a produção de matérias-primas minerais e energéticas contituem importantes fontes de recursos para a região. O petróleo - no qual se destaca o Estado do Rio de Janeiro, com cerca de 70 % da produção nacional - e o minério de ferro - extraído do Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais - são importantes recursos naturais que alimentam a atividade industrial do Sudeste.
Os solos férteis do trecho paulista do planalto foram muito importantes para a expansão do café. Conhecidos como terra roxa , devido à sua tonalidade escura, esses solos, que se estendem em direção ao sul do país, são provenientes da alteração de rochas vulcânicas, originadas por derramamento de lavas.
A economia cafeeira trouxe investimentos, atraiu mão-de-obra e implantou ferrovias, principalmente em São Paulo. Todos esses fatores facilitaram o processo de industrialização da região Sudeste, que apresenta grandes complexos industriais, como as áreas metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, e núcleos industriais importantes, como Campinas, São José dos Campos e Ribeirão Preto, em São Paulo, Volta Redonda e Barra Mansa, no Rio de Janeiro, e Juiz de Fora e Ipatinga, em Minas Gerais.
A atividade industrial está se expandindo para novas áreas, como o sul de Minas Gerais ou o norte do Espírito Santo, onde a produção de celulose para a fabricação de papel está modificando radicalmente a paisagem de cidades como Aracruz, que hoje dependem diretamente dessa atividade econômica.
A agricultura da região também se destaca das demais do país. Por ser predominantemente moderna, com nível técnico avançado, é bastante integrada à indústria. A região Sudeste concentra a maior parte da produção agrícola comercial do Brasil.
O café, que era produzido no passado em São Paulo, hoje é o principal produto de exportação de Minas Gerais. A soja e a laranja também são itens importantes no comércio exterior brasileiro.
O Brasil é responsável pelo fornecimento de cerca de 70 % do suco de laranja consumido no mundo, em sua maioria proveniente das plantações do Estado de
São Paulo.
A região Sudeste é, do ponto de vista econômico, a região mais integrada do país. Nela se encontram adensadas a maior parte das malhas ferroviária, rodoviária, de distribuição de energia e de telecomunicações.
São Paulo controla o mercado financeiro nacional, sediando os principais bancos privados e movimentando capitais na maior bolsa de negócios do país.
A indústria cultural também é fortemente concentrada no Sudeste, onde estão os principais jornais de circulação nacional e as sedes das grandes redes de televisão, que difundem para todo o Brasil os hábitos de comportamento de uma sociedade urbana e integrada no mercado mundial, o que não é a realidade da maioria dos lugares dispersos no território nacional.
É também na região Sudeste que se encontram as maiores cidades brasileiras, em grande parte resultantes do processo de concentração industrial. O crescimento acelerado desses centros urbanos não foi acompanhado por uma equivalente oferta de serviços básicos, como transporte público, educação e saúde. Isso produz fortes pressões sobre os governos municipais, a quem cabe a responsabilidade pelo atendimento direto à população.
Assim, a concentração de população e de atividades econômicas também gera problemas. A degradação do meio ambiente tem sido uma constante na região. A destruição quase completa da vegetação nativa, a intensificação dos processos erosivos e as enchentes nas cidades, por exemplo, são processos causados pela ocupação rápida e desordenada das encostas e margens dos rios.
Outro grande problema é o agravamento das tensões sociais nas grandes cidades. A concentração da renda, aliada à crise econômica, produz um quadro de subemprego e desemprego que cria, nas metrópoles do Sudeste, verdadeiros “bolsões” de pobreza, onde crescem a violência e as práticas ilegais que ameaçam a conquista da cidadania e a construção democrática da nação.
A região Sudeste apresenta condições naturais marcadas pela presença de serras e planaltos. A disponibilidade de recursos naturais e seu processo de ocupação, em grande parte comandado pela economia cafeeira, criou condições favoráveis para iniciar e consolidar o processo de industrialização no Brasil.
A região Sudeste possui o maior parque industrial do país. Conta com uma agricultura moderna e diversificada e apresenta uma densa rede de transportes, principalmente rodoviária.
Na região Sudeste localizam-se as maiores metrópoles brasileiras, onde predominam as atividades industriais e de serviços. Tais metrópoles constituem centros financeiros nacionais.
Nessas concentrações urbanas, porém, encontramos os maiores problemas da região, que são a degradação do meio ambiente e a pobreza de uma parcela
ponderável da população.

terça-feira, 5 de maio de 2009

AMÉRICA ANGLO - SAXÔNICA




América Anglo-saxônica


Convencionou-se chamar de “América Anglo-saxônica” ao conjunto dos países: Canadá e EUA, em oposição ao termo “AMÉRICA LATINA
” que denomina os países da América do Sul e Central, e em algumas definições, também o México e o Caribe.Essa denominação deve-se ao fato de que estes países tiveram sua colonização realizada majoritariamente por países de origem anglo-saxônica: “anglo-saxões” é a denominação dada aos habitantes da Inglaterra após a vitória dos saxões, povo germânico, sobre os bretões.Entretanto, essa divisão é um pouco controversa, visto que não engloba alguns países e outros territórios caribenhos que tem com íngua oficial o inglês ou outras línguas de origem germânica, e estão ou estiveram sob domínio dos ingleses (a maior parte das ilhas caribenhas foi colonizada por espanhóis, porém passaram ao domínio dos ingleses, posteriormente).Outro ponto de controvérsia está no fato de que o Canadá durante o período de sua colonização esteve ora sob domínio francês, um povo latino, ora sob domínio inglês, povo germânico, e tem como línguas oficiais o francês e o inglês. E na região de Quebéc (antiga Província do Canadá, junto com Ontário) o francês é a língua oficial, visto que as leis canadenses permitem que cada província eleja seu idioma oficial.

AMÉRICA LATINA



A expressão “América Latina” é usada comumente para se referir a todos os países do continente americano com exceção de EUA e Canadá. Porém, não há nenhuma “lista” oficial de países “latino-americanos” e as diversas fontes de informação divergem um pouco quanto aos países que realmente fariam parte da América Latina.Segundo o senso comum, ou o significado mais empregado, os países que compõem a “América Latina” seriam os que fazem parte da América do Sul, América Central + México. Essa definição é parecida com a que é utilizada pela ONU, porém, da classificação geralmente utilizada por ela, são excluídos o Caribe e o México, embora eles possam aparecer em outras definições. Por outro lado, algumas fontes definem a “América Latina” como o nome que se dá aos países dos continentes americanos que foram colonizados predominantemente por países latinos (denominação dada aos países europeus que surgiram após a queda do Império Romano do Ocidente e que têm como língua majoritária, línguas latinas. Por exemplo: Espanha, França, Portugal, Romênia, etc.) e onde a língua oficial é derivada do latim (neolatina), como o espanhol, o português e o francês.

América Latina


Segundo esta definição, não fariam parte da América Latina, além dos EUA e Canadá (embora no Canadá as línguas oficiais sejam o inglês e o francês e este último seja o mais falado), o Suriname e a Guiana, ambos colonizados por Inglaterra e Holanda (países de origem germânica) e que tem como língua oficial o holandês e o inglês, respectivamente. Mas esta definição engloba também, alguns países do Caribe como Cuba, Haiti e República Dominicana, que tem o espanhol ou o francês como língua oficial.A expressão teria sido usada pela primeira vez por Napoleão III no século XIX, na mesma época em que teria surgido a expressão de “Europa latina” para designar os países europeus de língua neolatina. Outras fontes apontam para Michel Chevalier que teria usado o termo em 1836.A utilização do termo foi consolidada com a criação da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) em 1948, pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) e a partir daí passou a ser largamente utilizado para denominar os países latino-americanos, embora com algumas divergências.A junção de todos os países das Américas do Sul e Central em uma denominação comum, não pode, contudo, levar a uma interpretação errônea de que todos estes países são iguais. Seja cultural, econômica, ou socialmente.

EVENTO ICRX (7° ANO): FESTA DA MÚSICA TUPINIQUIM


A CULTURA BRASILEIRA REFLETE OS VÁRIOS POVOS QUE CONSTITUEM A DEMOGRAFIA DO PAÍS: INDÍGENAS, EUROPEUS, AFRICANOS, ASIÁTICOS, ÁRABES ETC. COMO RESULTADO DA INTENSA MISCIGENAÇÃO DE POVOS, SURGIU UMA REALIDADE CULTURAL PECULIAR, QUE SINTETIZA AS VÁRIAS CULTURAS.
A música popular brasileira é uma das expressões mais significativas da cultura brasileira. Em um país onde não se firmou uma “tradição escrita”, onde a cultura letrada manteve-se restrita a elite, a música popular, e mais especificamente, a canção (música e letra) assumiu um papel importante na “tradução” da realidade nacional.

OBJETIVO
Destinado a buscar uma melhor compreensão das relações entre as diferentes manifestações da música popular brasileira e o contexto histórico que as explicam, o projeto tem também como objetivo propor que o aluno observe a existência e as particularidades da chamada canção urbana no Brasil.


JUSTIFICATIVA
O projeto tem como intenção proporcionar uma visão mais aprofundada dessa manifestação artística tão importante da cultura brasileira, possibilitando uma escuta mais atenta do cancioneiro nacional e ampliando as perspectivas de análise da realidade brasileira.

METODOLOGIA


1. As turmas serão divididas em equipes.
2. Cada equipe terá que trabalhar com um gênero musical brasileiro.
3. As equipes terão que desempenhar uma performance para ser exibida para o público escolar baseada no gênero musical sorteado.
4. As equipes terão que exibir antes da performance um resumo contendo a origem do gênero escolhido .
5. Os trabalhos deverão ter temas relacionados com os estudados em geografia (características brasileiras)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

TRANSPORTES


TRANSPORTES

Ramo de atividade econômica cuja função principal e interligar a produção e o consumo de bens. A importância do transporte acentua-se cada vez mais na organização econômica e social dos países, influindo progressivamente na produção agrícola e industrial; no comercio interno e exterior; na composição dos preços; na regularização dos mercados; nos diferentes usos da terra e na urbanização. As condições de conforto e bem-estar de uma sociedade dependem de um sistema de transporte que permita o rápido e eficiente intercâmbio de homens e de coisas.

MODALIDADES DE OPERAÇÃO

Uma operação de transporte e dimensionada por três fatores: a quantidade transportada (número, peso e valor), à distância percorrida, o tempo de percurso.
A evolução em longo prazo dos diferentes modos de transporte e comandada pela evolução dos sistemas de conversão energética e da tecnologia dos motores. Quando acontece o novo modo de transporte suplantarem os precedentes, jamais os eliminam complemente (serve de exemplo o que ocorre com a tração animal).
O conjunto das infra-estruturas utilizadas por um mesmo modo de transporte constitui uma rede ou malha ferroviária, rodoviária etc. A expressão sistema de transportes estaria reservada para o conjunto das diferentes malhas de transportes. Os modos de transportes existentes são o terrestre (ferroviário, rodoviário e dutoviário), o aquaviario (fluvial e marítimo), e o aéreo. A estes deve-se juntar, pelo futuro que lhe e atribuído, o Hovercraft, engenho sem rodas, já comprovado e em uso, que se move sobre a terra e a água, vencendo ate alturas de 50cm a 3m e possivelmente mais.
São os seguintes os marcos mais significativos para a operação econômica das diversas modalidades de transportes; invenção da maquina a vapor (1807); inicio do transporte ferroviário (1830); inicio do transporte dutoviário (1865); inicio da utilização comercial do automóvel (1917); inicio da aviação comercial (1926). Poder-se-ia juntar a esses acontecimentos a construção, em Londres, do primeiro Hovertrem, em 1971.
Do ponto de vista comercial, o transporte pode ser classificado em transporte interior ou continental e exterior ou intercontinental. Os transportes interiores se dividem em transportes rodoviários, ferroviários, fluviais e de cabotagem. Os exteriores compreendem o transporte marítimo de longo curso e a aviação comercial. Embora o desenvolvimento do ramo transporte apresente uma interdependência em relação ao desenvolvimento econômico, observa-se que as demandas desse setor em geral crescem a nível superior ao do conjunto da economia, isto e, a elasticidade-renda do setor transporte e maior que 1. Tem crescido de modo semelhante o numero de pessoas ocupadas no ramo. Segundo dados estatísticos da OIT (Organização Internacional do Trabalho), nos países desenvolvidos da Europa ocidental, nos EUA e no Canadá a população ocupada nos serviços de transporte situa-se entre 5 e 7% do total da população ativa.

O TRANSPORTE FLUVIAL:

Entre os modos de transporte existentes o fluvial e o mais antigo. Seu custo operacional e muito baixo. E utilizado no deslocamento de grandes massas de produtos de baixo valor em relação ao peso e sua economia de operação depende quase exclusivamente dos custos da carga e descarga.

TRANSPORTE MARÍTIMO

A evolução desse modo de transporte e marcada pela perda em favor do transporte aéreo do mercado intercontinental de passageiros pela especialização dos navios (petroleiros, graneleiros, etc.) e pelo aumento da capacidade media das embarcações. As vias marítimas são especialmente favoráveis, do ponto de vista econômico, para grande tonelagem de carga e grandes distancias. De um modo geral, seus custos são de cinco a dez vezes menores que os dos transportes interiores. Em 1969 havia no mundo apenas cinco portos capazes de receber navios de mais de cento e cinqüenta mil toneladas. Mas o mundo desenvolvido esta se preparando para receber os grandes navios (500.000 t), que se tornaram ainda mais economicamente necessários depois do fechamento do canal de Suez.

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Num sistema ferroviário explorado em condições ótimas, obtém-se o transporte do máximo de toneladas com o mínimo de trens por quilometro. Embora estabilizado em países como os EUA e URSS, o transporte ferroviário em outros países representou um sensível declínio que culminou na década de 1940. Embora não haja identidade de problemas, de pais a pais, que justificasse falar-se de uma doutrina ferroviária ou de uma política ferroviária uniforme, coincidiu, entretanto, que de 1950 a 1960 não se construíram novas ferrovias na Europa, exceção feita da Espanha, Polônia, Bulgária e Iugoslávia. No mesmo período diminui a quilometragem das vias exploradas na Bélgica, na França, no Reino Unido. Ha quem explique o decréscimo com o desenvolvimento do setor rodoviário, que passou a concentrar a atenção dos governos. Na década de 1970, porem o transporte ferroviário ingressou numa fase de total recuperação. O progresso tecnológico de um lado e, de outro, a consideração de novas variáveis econômicas desenvolveram ao trem o valor que tivera antes. Passou-se, inclusive, a analisar as ferrovias sob o prisma macroeconômico, levando-se em conta que nesse tipo de empresa o aspecto social tem um peso forte. Importante inovação foi introduzida.

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

A exploração e realizada por indivíduos isolados ou por empresas e, em ambos os casos, para uso privado ou para uso publico. A primeira grande malha rodoviária foi construída na Antigüidade, pelos romanos, e contava com sólidas estradas. A superioridade do transporte rodoviário faz-se sentir para curtas distancias e para pequenas quantidades. A importância desse modo de transporte e crescente. Servindo ao transporte de mercadorias, o parque mundial de automóveis cresceu, de 1950 a 1960 em media 1,3 vez mais que o PNB, enquanto o de automóveis de turismo cresceu em media 2,2 mais que o PNB.

TRANSPORTE AÉREO

A exploração e realizada por empresas e, excepcionalmente, por indivíduos. Sendo o transporte mais rápido, e procurado por passageiros, sobretudo para as grandes distancias. O avião e utilizado ainda para transportar mercadorias de alto valor unitário em relação ao volume e ao peso e, também, mercadorias perecíveis: alimentos, tais como carnes, frutas e hortigranjeiros. O desenvolvimento do transporte aéreo e continuo, embora seja dentre todos o mais caro. Seu custo e quatro vezes maior que os transportes rodoviários, seis a sete vezes maior que o ferroviário e trinta a quarenta vezes maior que o transporte marítimo. Nos EUA o avião transporta mais passageiros que o trem.

TRANSPORTE DUTOVIÁRIO

É feito no interior de uma infra-estrutura fixa, por diferença de pressão, sem utilização no engenho móvel. Novas soluções técnicas tornam mais freqüentes esses meio de transporte. Limitados ao transporte de gases e líquidos ou mercadorias em estado pastoso, ocorre à justificativa econômica de misturar água às substancias sólidas, de modo a torná-las transportáveis por dutovias.

ESPAÇO URBANO


O ESPAÇO URBANO




Na zona rural a paisagem é mais ou menos marcada pelos elementos do meio natural: a influência do solo, do clima, da declividade do relevo, a presença de água e vegetação. A população vive dispersa em pequenos sítios.
No meio urbano a população se concentra num espaço totalmente humanizado e dedica-se às atividades industriais, comerciais e de prestação de serviços.

A PRODUÇÃO DA CIDADE MODERNA


A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, originou profundas alterações na forma e na função da cidade. A indústria se multiplicava nos países europeus e nos Estados Unidos, onde vivia grande parte dos trabalhadores urbanos. As lojas se instalavam nas ruas mais movimentadas, a fim de atrair um número cada vez maior de consumidores. As residências passaram a ser construídas de modo caótico, nos poucos espaços que sobravam entre as fábricas e rodovias, não haviam espaços para o lazer e o ar era muito poluído devido ao carvão utilizado nas indústrias. O nascimento da indústria originou cidades insalubres, isto é, pouco saudáveis, marcadas pela aglomeração dos pobres em pequenos quartos de cortiços, a população não tinha acesso à água tratada e nem rede de esgotos.

A CIDADE NO SÉCULO XX E O PLANEJAMENTO URBANO


As pesquisas e projetos nessa área se avolumaram e constituíram uma área de estudo, o urbanismo. As primeiras iniciativas resultaram em bairros residenciais dotados de excelente infra-estrutura arborizados e ajardinados. As cidades planejadas deveriam Ter largas avenidas e um sistema viário eficiente, permitindo o trânsito rápido. A cidade de Brasília é o exemplo mais completo e bem acabado desse tipo de planejamento, que também foi adotado na implantação de cidades dos Estados Unidos. França, Inglaterra, Israel e Japão.

AS INTERAÇÕES URBANAS CONTEMPORÂNEAS


Formadas por um conjunto hierarquizado de cidades com tamanhos diferentes, onde se observa a influência exercida pelos centros maiores sobre os menores. A hierarquia urbana se estabelece a partir dos produtos e dos serviços que as cidades tem para oferecer. Nos países desenvolvidos, as redes urbanas são mais bem estruturadas.

AS RICAS METRÓPOLES CONTEMPORÂNEAS


As metrópoles correspondem a centros urbanos de grande porte: populosos, modernos e dotados de graves problemas de desigualdades sociais. A concentração populacional amplia a oferta de mão-de-obra e, desse modo, atrai investimentos produtivos que contribuem para o desenvolvimento da indústria. A metrópole lidera a rede urbana à qual está interligada e exerce uma forte influência sobre as cidades de menor porte, podendo transformar-se num pólo regional, nacional ou mundial.


CONURBAÇÕES: AS CIDADES SE APROXIMAM

Quando os limites físicos das cidades estão muitos próximos, formam-se conurbações. Vista do alto, a conurbação tem o aspecto de uma grande mancha urbana, ou seja, um conjunto de espaços urbanizados que engloba mais de uma cidade. Nas megalópoles, o retrato da modernidade A megalópole não é uma mega-metrópole, mas uma conurbação de metrópoles, nelas as regiões rurais estão quase ausentes.

OS PRINCIPAIS PROBLEMAS URBANOS ATUAIS


Um dos mais graves problemas é a habitação. Como os imóveis mais baratos em geral são os mais distantes do centro da cidade, a população passa a morar cada vez mais longe do local de trabalho. Em conseqüência disso a população por não ter um transporte coletivo digno vai trabalhar com seus próprios automóveis causando muito trânsito, poluição do ar, poluição sonora e até mesmo dos rios.

A URBANIZAÇÃO MUNDIAL


Os países mais desenvolvidos


No século XIX, a urbanização foi mais intensa nos países que realizaram a Revolução Industrial e que constituem hoje países desenvolvidos. A partir do século XX, o ritmo de urbanização diminuiu nesses países. No pósguerra, a concentração humana e a elevação do poder aquisitivo das populações dos países mais desenvolvidos produziram um grande aumento do consumo de bens e serviços, que favoreceu a expansão do setor terciário da economia. Com o desenvolvimento da tecnologia industrial , a produtividade aumentou e as necessidades de mão-de-obra se reduziram. Parte da população ativa no setor secundário foi para o setor. Depois de 1980 os setor terciário e a prestação de serviços aderiram aos avanços tecnológicos da informática.

Os países subdesenvolvidos


O século XX se caracterizou pela urbanização dos países subdesenvolvidos. O ritmo se acelerou a partir de 1950, devido ao aumento das taxas de crescimento populacional. A industrialização, formaram-se grandes cidades, com maior disponibilidade de emprego, conforto e ascensão social. A industrialização adotou um padrão tecnológicos muito mais moderno do que o utilizado pelas indústrias do século XIX, o que resultou na criação de menos
empregos. Nessas cidades existe o setor terciário informal – aquelas atividades não regulamentadas, como a dos camelôs e biscateiros – cresce mais que o formal. A maior parte da população ainda vive na zona rural.

A urbanização na África


Na África a maior parte da população vive na zona rural, pois as atividades agrárias predominam na estrutura econômica de quase todos os países do continente. Os países da África são os que apresentam as taxas de urbanização mais elevadas entre os países menos desenvolvidos. Seus habitantes possuem uma renda anual inferior a 370 dólares. A urbanização africana ocorreu quando houve um grande aumento do consumo mundial de matérias-primas, combustíveis fósseis e produtos agrícolas.



A urbanização na Ásia


A Ásia é o continente mais populoso do mundo, não tem uma tradição urbana. A população ainda é predominantemente rural. Vivem com uma renda como a dos africanos, inferior a 370 dólares por ano. A urbanização ocorreu com a oferta de trabalho das indústrias dos tigres asiáticos.

A globalização da cidade


Com a globalização, surgem as metrópoles mundiais e tecnopolos. É nessas metrópoles que se concentram grandes capitais, profissionais qualificados e tecnologia. O papel de metrópole mundial adquiriu tamanha importância na atualidade que passou a ser a meta perseguida por muitas cidades desenvolvidas. Os tecnopolos, por sua vez correspondem a centros urbanos que abrigam importantes universidades, instituições de pesquisa e os principais complexos industriais, onde se desenvolvem tecnologias avançadas e pesquisas científicas.
PROBLEMAS PARA CLASSIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO ENTRE RURAL E URBANA
No Brasil é aplicado o critério administrativo, segundo o qual toda sede de município é uma cidade e toda sede de distrito é uma vila; sendo assim, é considerada urbana toda a população que habita a sede de um município ou a sede de um distrito. Outros, como a França e o México, aplicam o critério estatístico, segundo o qual a população é considerada urbana se reside em uma aglomeração com população superior certo número de habitantes, 2.000 e 5.000, respectivamente; é considerada rural a que vive no campo ou em aglomerações com população inferior às anteriormente citadas. Para o geógrafo, estes critérios são falhos, considerando-se urbana, de acordo com o critério científico, apenas a população que habita aglomerações em que a maioria da população ativa, radicada na mesma, exerce atividades econômicas secundárias e terciárias, sendo considerada rural aquela em que a maioria da população ativa exerce atividades primárias.


EXERCÍCIOS

1) Caracterize o espaço urbano:
2) Quais as vantagens do planejamento urbano?
3) Como se estabelece a hierarquia urbana?
4) O que são metrópoles?
5) Quais as conseqüências da concentração populacional?
6) Quando é configurada uma conurbação?
7) Apresente 4 problemas urbanos atuais:
8) Caracterize a urbanização nos países desenvolvidos:
9) Caracterize a urbanização nos países subdesenvolvidos:
10) Qual o critério para se definir uma cidade no Brasil? Explique-o:

quarta-feira, 22 de abril de 2009

GLOBALIZAÇÃO





A globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integração em caráter econômico, social, cultural e político entre diferentes países.
A globalização é oriunda de evoluções ocorridas, principalmente, nos meios de transportes e nas telecomunicações, fazendo com que o mundo “encurtasse” as distâncias.
No passado, para a realização de uma viagem entre dois continentes eram necessárias cerca de quatro semanas, hoje esse tempo diminuiu drasticamente. Um fato ocorrido na Europa chegava ao conhecimento dos brasileiros 60 dias depois, hoje a notícia é divulgada quase que em tempo real.
O processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo, e principalmente os países desenvolvidos; de modo que os mesmos pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno se encontrava saturado. A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do socialismo, o sistema capitalista se tornou predominante no mundo. A consolidação do capitalismo iniciou a era da globalização, principalmente, econômica e comercial.
A integração mundial decorrente do processo de globalização ocorreu em razão de dois fatores: as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial. As inovações tecnológicas, principalmente nas telecomunicações e na informática, promoveram o processo de globalização.
A partir da rede de telecomunicação (telefonia fixa e móvel, internet, televisão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difusão de informações entre as empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo. O incremento no fluxo comercial mundial tem como principal fator a modernização dos transportes, especialmente o marítimo, pelo qual ocorre grande parte das transações comerciais (importação e exportação). O transporte marítimo possui uma elevada capacidade de carga, que permite também a mundialização das mercadorias, ou seja, um mesmo produto é encontrado em diferentes pontos do planeta.
O processo de globalização estreitou as relações comerciais entre os países e as empresas. As multinacionais ou transnacionais contribuíram para a efetivação do processo de globalização, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes territórios.
Outra faceta da globalização é a formação de blocos econômicos, que buscam se fortalecer no mercado que está cada vez mais competitivo.

REGIÃO NORDESTE





A Região Nordeste possui uma grande complexidade de características naturais e sociais. Nos fatores naturais as principais disparidades existentes na região estão relacionadas às questões climáticas, na qual se faz presente distintos tipos de clima, na faixa costeira predomina um clima quente e úmido, assim como no extremo oeste da região, nas proximidades da Floresta Amazônica, em contrapartida no interior da região o que predomina é o clima semi-árido. Nos aspectos humanos a Região Nordeste dispõe de um quadro de grande irregularidade em relação à distribuição da população ao longo da região, dessa forma há uma grande concentração populacional nas áreas litorâneas, nas quais se encontram os principais centros urbanos, já o sertão e o agreste são áreas interioranas pouco povoadas e isso dificulta o desenvolvimento das mesmas. A Região Nordeste é caracterizada pela grande desigualdade socioeconômica de seus habitantes, dessa forma enquanto a grande maioria vive em condições de extrema pobreza a minoria vive em condições de alto consumo e luxo. A Região Nordeste possui uma área de 1.554.257 km2 que abriga uma população de aproximadamente 49.479,29 habitantes, esses estão distribuídos em nove estados. Os estados do nordeste e suas respectivas capitais e siglas são: Maranhão - MA (São Luiz), Piauí - PI (Teresina), Ceará - CE (Fortaleza), Rio Grande do Norte - RN (Natal), Paraíba - PB (João Pessoa), Pernambuco - PE (Recife), Alagoas - AL (Maceió), Sergipe - SE (Aracaju) e Bahia - BA (Salvador).
A região nordeste é dividida em quatro sub-regiões (zona da mata, agreste, sertão e meio norte). A zona da mata é a região mais desenvolvida e industrializada do nordeste, essa está localizada nas áreas litorâneas da região, na qual se encontram os principais centros urbanos.
ZONA DA MATA
Na zona da mata a atividade industrial é diversificada, há extração de minérios que de forma estratégica geralmente provoca a instalação de empresas nas proximidades das jazidas, outro fator extremamente importante está no sistema de transporte, que na essência da industrialização se insere de forma fundamental no transporte de mercadorias e matéria prima.
Como a sub-região é mais desenvolvida faz-se necessário a instalação de infra-estrutura com a finalidade de dar ritmo e dinamismo à circulação de mercadorias, capitais, matéria prima e pessoas. A sub-região também se insere na produção agropecuária que na maioria das vezes está envolvida na monocultura de exportação.
AGRESTE
No agreste as atividades econômicas estão vinculadas à produção primária, mais precisamente na agricultura e pecuária. O agreste tem característica propícia à policultura, como mandioca, batata, banana etc., e criação de animais, como bovinos e caprinos. A realização do trabalho é tradicional e rudimentar, praticamente não se usa tecnologia e a produtividade é baixa, como a produção da zona da mata é destinada à exportação quem fornece alimentos a ela é o agreste.
SERTÃO
No sertão a principal atividade econômica é a agropecuária, na maioria das propriedades é realizada a criação de gado e de caprinos, o primeiro não é tão difundido por ser um animal de grande porte que requer uma quantidade maior de recursos como água, pastagens, pois por ser uma área de clima semi-árido e que sofre grandes períodos de seca fica difícil o desenvolvimento da criação, já o segundo obtém mais êxito por ser animais menores e de melhor adaptação às situações adversas impostas pelas condições climáticas, o sertão possui um plantel de 9 milhões de cabeças de caprinos. Na agricultura desenvolve-se em forma de subsistências, ou seja, produção de alimentos para o consumo familiar.
O sertanejo sofre, ano após ano, os males provocados pela seca, assim não consegue produzir a sua alimentação na prática de subsistência.
MEIO NORTE
O meio norte é uma sub-região de transição entre o nordeste e o norte, onde se encontram uma parte do Piauí e Maranhão, as características econômicas estão ligadas às atividades rural, extrativista e pastoril. No entanto o sul do Maranhão já está inserido no mapa da soja, no qual muitos gaúchos (que para lá migraram) desenvolvem a cultura, a produção dessas áreas é mecanizada em grandes latifúndios. Um ponto importante no Maranhão, no contexto da soja, é a estratégia geográfica para o escoamento até os portos em São Luiz, capital do Maranhão.


A SECA NO NORDESTE


Dentre os muitos aspectos apresentados pela Região Nordeste o que mais se destaca é a seca, causada pela escassez de chuvas, proporcionando pobreza e fome. A partir dessa temática é importante entender quais são os fatores que determinam o clima da região, especialmente na sub-região do sertão, região que mais sofre com a seca. O Sertão nordestino apresenta as menores incidências de chuvas, isso em âmbito nacional. A restrita presença de chuva nessa área é causada basicamente pelo tipo de massa de ar aliado ao relevo, esse muitas vezes impede que massas de ar quentes e úmidas ajam sobre o local causando chuvas. No sul do Sertão ocorrem, raramente, chuvas entre outubro e março, essas são provenientes da ação de frentes frias com característica polar que se apresentam e agem no sudeste. As outras áreas do Sertão têm suas chuvas provocadas pelos ventos alísios vindos do hemisfério norte. No Sertão, as chuvas se apresentam entre dezembro e abril, no entanto, em determinados anos isso não acontece, ocasionando um longo período sem chuvas, originando assim, a seca. As secas prolongadas no Sertão Nordestino são oriundas, muitas vezes, da elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico, esse aquecimento é denominado pela classe cientifica de El Niño, nos anos em que esse fenômeno ocorre o Sertão sofre com a intensa seca. A longa estiagem provoca uma série de prejuízos aos agricultores, como perda de plantações e animais, a falta de produtividade causada pela seca provoca a fome. Vegetação No Sertão e no Agreste o tipo de vegetação que se apresenta é a caatinga, o clima predominante é o semi-árido, esse tipo de vegetação é adaptado à escassez de água. Algumas espécies de plantas da caatinga têm a capacidade de armazenar água no caule ou nas raízes, outras perdem as folhas para não diminuir a umidade, todas com o mesmo fim, poupar água para os momentos de seca. Rios temporários ou sazonais Os rios que estão situados nas áreas do Sertão são influenciados pelo clima semi-árido, dessa forma não há grande incidência de chuvas. A maioria dos rios do Sertão e Agreste é caracterizada pelo regime pluvial temporário, isso significa que nos períodos sem chuva eles secam, no entanto, logo que chove se enchem novamente. Nas regiões citadas é comum a construção de barragens e açudes como meio de armazenar água para suportar períodos de seca.